A Petrobras reportou prejuízo líquido de R$ 5,477 bilhões no quarto trimestre do ano passado, revertendo o lucro líquido de R$ 2,510 bilhões de igual intervalo de 2016 e o ganho de R$ 266 milhões dos três meses imediatamente anteriores, conforme os números atribuíveis aos acionistas.
Nas expectativas de bancos ouvidos pela Prévias Broadcast, não houve consenso sobre o números. Isso porque alguns analistas consideraram ajustes e outros não. As estimativas variam de lucro de R$ 2,649 bilhões a prejuízo de R$ 4,2 bilhões.
O acumulado de 2017, por sua vez, somou prejuízo de R$ 446 milhões, uma melhora de 97% ante a perda de R$ 14,824 bilhões registrada no exercício de 2016.
De acordo com a petroleira, o resultado foi afetado pela assinatura do acordo para encerrar a ação coletiva nos Estados Unidos (“class action”) e pela adesão ao programa de regularização de débitos federais para finalizar discussões administrativas e judiciais relativas a impostos. Segundo a Petrobras, excluindo o acordo da “class action”, a companhia apresentaria lucro líquido de R$ 7,089 bilhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da petroleira foi de R$ 12,986 bilhões no quarto trimestre, com baixa de 47,6% em relação ao mesmo intervalo de 2016 e diminuição de 32% ante o terceiro trimestre do ano passado.
O Ebitda ficou 44% abaixo das expectativas do Prévias Broadcast. As projeções indicaram Ebitda de R$ 23,357 bilhões entre outubro e dezembro, conforme a média das projeções de seis bancos (Santander, Morgan Stanley, UBS, Goldman Sachs, Itaú BBA e uma instituição financeira que preferiu não se identificar). Deve-se ressaltar, contudo, que apenas parte dos analistas incluiu as perdas com o acordo de ação coletiva (“class action”) nos Estados Unidos em seus cálculos, que teve reflexos no Ebitda reportado.
No acumulado do ano, o Ebitda ajustado totalizou R$ 76,557 bilhões, com queda de 14% ante o resultado de 2016. A margem Ebitda ajustado ficou em 17% no último trimestre do ano passado, ante 27% nos três meses imediatamente anteriores.
A receita líquida somou R$ 76,512 bilhões no quarto trimestre, o que significa uma alta de 8,5% na comparação anual e de 7% na trimestral.
Neste caso, o montante ficou em linha com a média de R$ 73,463 bilhões esperada pelos analistas. O Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, considera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.
O resultado financeiro líquido da estatal ficou negativo em R$ 7,598 bilhões no trimestre encerrado em dezembro, ante uma cifra negativa em R$ 5,309 bilhões de igual trimestre de 2016 e despesas financeiras líquidas de R$ 7,411 bilhões no terceiro trimestre de 2017.