As principais bolsas europeias fecharam em alta nesta sexta-feira, 16, e, à exceção de Londres, acumularam ganhos na semana, com o fôlego conferido hoje pela leitura de fevereiro do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro.
De acordo com o Eurostat, o CPI subiu 1,1% na medição anual, ante expectativas de alta de 1,2%. A subida menor do que o previsto é mais uma sugestão de que o Banco Central Europeu (BCE) não deve ter pressa em desmontar a atual política de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês).
Assim, o índice pan-europeu Stoxx 600 fechou o pregão em alta de 0,22%, aos 377,71 pontos. Na semana, entretanto, acumulou perda de 0,53 ponto (-0,14%).
Em Londres, o FTSE 100 fechou em alta de 0,34%, para os 7.164,14 pontos, mas, no acumulado da semana, recuou 60,37 pontos (-0,84%). O forte avanço dos preços do petróleo nesta sexta-feira impulsionaram as ações da petroleira BP, que tiveram ganho de 1,98%. Os papéis dos bancos Lloyds e Barclays, por sua vez, subiram 1,05% e 1,21%, respectivamente.
Vale ainda o destaque para as ações do Nex Group, que dispararam 30,35% hoje, na esteira de relatos de que um dos maiores operadores de câmbio do mundo, o CME Group, está considerando fazer uma oferta para adquirir a empresa de tecnologia financeira britânica.
Na bolsa de Frankfurt, o DAX 30 encerrou a sessão com avanço de 0,36%, para os 12.389,58 pontos. Assim, acumulou na semana um ganho de 42,90 pontos (+0,35%). O composto foi ajudado pela alta de 0,90% das ações da Siemens, que está entre as de maior peso sobre o índice, e das montadoras Daimler (+1,36%), BMW (+0,87%) e Volkswagen (+0,70%).
O CAC-40, principal índice da bolsa de Paris, teve na sessão de hoje uma alta de 0,29%, para os 5.282,75 pontos. Na semana, chegou a um avanço acumulado de 8,35 pontos (+0,16%). Já o FTSE-Mib, da bolsa de Milão, encerrou o dia em alta de 0,63%, aos 22.857,69 pontos. No acumulado da semana, o índice italiano teve avanço de 112,09 pontos (+0,49%).
O Ibex-35, da bolsa de Madri, fechou o pregão de hoje com ganho de 0,79%, aos 9.761,00 pontos, acumulando na semana uma alta de 74,90 pontos (+0,77%). Por lá, destacaram-se os bancos, com as ações do Santander avançando 1,97% e as do CaixaBank subindo 1,83%, mas também os papéis da Telefónica (+1,81%) e da empresa de energia Abengoa (+3,62%).
Já o PSI-20, da bolsa de Lisboa, caiu 0,09% nesta sexta-feira, para os 5.435,94 pontos. No acumulado da semana, contudo, subiu 12,14 pontos (+0,22%).
Os fatores marcantes dos últimos dias, contudo, foram mesmo as tensões no comércio global e na geopolítica – e a perspectiva é que os temores de investidores se estendam até a semana que vem.
Sob o primeiro aspecto, as incertezas têm origem na Casa Branca. Não se sabe ainda se o início de uma guerra comercial está próximo ou distante diante da indefinição sobre os países que serão atingidos pela tarifação à importação de aço e alumínio decretada na semana passada pelo presidente americano, Donald Trump, e se essas nações anunciarão retaliações.
Na outra esfera, o Reino Unido angaria a cada dia novos aliados na empreitada contra a Rússia pelo atentado contra um ex-espião russo e sua filha no sudoeste da Inglaterra, envenenados há 12 dias com um agente neurotóxico e, atualmente, hospitalizados em estado grave.