O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira, 20, que o Congresso Nacional precisa reagir de forma contundente ao que chamou de afronta à democracia por parte da Justiça do Trabalho. Segundo ele, juízes e desembargadores trabalhistas ferem a democracia brasileira ao se recusarem a aplicar as novas regras estabelecidas pela reforma trabalhista aprovada pelo Legislativo.
“Está na hora de o Congresso Nacional, Câmara e Senado reagirem de forma contundente a essa afronta à democracia brasileira. Digo e repito, a Justiça do Trabalho custa muito caro para o Brasil”, afirmou em discurso durante evento na Confederação Nacional das Indústrias (CNI).
De acordo com ele, a Justiça do Trabalho custa hoje 44% dos recursos destinados para bancar a Justiça Federal como um todo no País.
Em seu discurso, Maia defendeu também mais investimentos para educação básica no País. Segundo ele, o governo federal errou ao fazer, nos últimos anos, investimento “desproporcional” no ensino superior, em detrimento do ensino básico. “Tem que ser menos no andar de cima e mais na base”, defendeu o presidente da Câmara, que é do mesmo partido do atual ministro da Educação, Mendonça Filho.
Previdência
Pré-candidato à Presidência da República, Maia ainda defendeu a votação da reforma da Previdência, cuja discussão está suspensa na Câmara. Segundo ele, muitas vezes defendem a não votação da proposta “falando-se falsas verdades”. “Temos que enfrentar esse debate com coragem, porque um sistema em que o crescimento líquido representa R$ 40 bilhões, R$ 50 bilhões, não é um sistema sustentável”, afirmou.