Economia

Taxas de juros de curto e médio prazos têm viés de alta após ata e dólar forte

Os juros futuros oscilam perto da estabilidade nesta terça-feira, 27,, com viés de alta nas taxas de curto e médio prazos, na esteira do dólar forte e após a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) corroborar as expectativas de novo corte de 0,25 ponto da taxa Selic em maio e possível interrupção no ciclo de baixas na reunião subsequente, em junho. Na ponta longa da curva, os juros mostram viés de baixa.

“Para reuniões além da próxima, salvo mudanças adicionais relevantes no cenário básico e no balanço de riscos para a inflação, o Comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária, visando avaliar os próximos passos, tendo em vista o horizonte relevante naquele momento”, reiterou o BC. Na semana passada, o colegiado reduziu a Selic de 6,75% para 6,5% ao ano.

A ata explicou que houve consenso no Copom passado de que a evolução da conjuntura, do cenário básico e do balanço de riscos tornou clara a necessidade de um ajuste da política monetária em relação ao movimento que havia sido sinalizado como mais provável na reunião anterior, que era de encerramento do ciclo de cortes na taxa Selic.

O BC lembrou que o 12º corte consecutivo na Selic já estava refletido nas projeções de analistas e na estrutura a termo das taxas de juros. “Entretanto, os membros do Copom concluíram pela necessidade de tornar a política monetária um pouco mais estimulativa”, acrescentou o documento.

Também nesta terça será divulgado à tarde o resultado primário do Governo Central de fevereiro, às 14h30. As contas do Banco Central, Previdência Social e Tesouro devem ficar com saldo negativo, como aponta levantamento do Projeções Broadcast.

Após o superávit de R$ 31,069 bilhões em janeiro, o Governo Central deve apresentar déficit primário de R$ 31,0 bilhões a R$ 8,530 bilhões, com mediana negativa em R$ 21,20 bilhões. Já na quinta-feira, 29, o destaque será o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e a entrevista do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

Às 9h38 desta terça, o DI para janeiro de 2019 exibia 6,235%, de 6,214% no ajuste de segunda-feira, 26. O DI para janeiro de 2020 estava em 7,07%, de 7,04%. O DI com vencimento para janeiro de 2021 exibia 7,95%, igual ao ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 caía a 8,94%, de 8,96% no ajuste da véspera. No câmbio, o dólar à vista estava em alta de 0,34%, aos R$ 3,3206. O dólar para abril subia 0,23%, aos R$ 3,3195.

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