Os juros futuros seguem em baixa, na esteira da queda do dólar e dos fracos dados de varejo do País, que amparam a percepção de que a recuperação da atividade econômica ainda é lenta.
Divulgadas pelo IBGE, as vendas no varejo no Brasil ficaram abaixo da mediana positiva de 0,65% estimada por analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast. O instituto registrou queda de 0,20% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal. Segundo um operador, esse resultado ajuda a tirar prêmio de risco nas taxas mais longas.
No câmbio, há uma realização de ganhos recentes, após o presidente do Banco Central ter afirmado na quinta que a autoridade monetária tem as reservas internacionais, atualmente em US$ 383 bilhões, e estoque de swaps, próximo de US$ 24 bilhões, para fazer frente à volatilidade do mercado. “Temos o suficiente de reservas e de swaps para enfrentar qualquer cenário à frente”, disse.
Em abril, o dólar à vista segue carregando ganhos ao redor de 2,00% ante o real. Os investidores olham ainda a queda da moeda americana frente a algumas divisas ligadas a commodities no exterior, como peso chileno, peso mexicano, rublo e lira turca.
Às 9h39 desta quinta, o DI para janeiro de 2019 marcava 6,255%, de 6,259% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2020 exibia 7,01%, de 7,06%, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 mostrava 8,03%, de 8,09% no ajuste anterior. Já o DI para janeiro de 2023 estava em 9,11%, de 9,16% no ajuste de ontem. No câmbio, o dólar à vista caía 0,30%, aos R$ 3,3759, enquanto o dólar para maio tenta recuperação modesta, aos R$ 3,3815 (+0,04%).