Os juros futuros mostram viés de baixa, na esteira da queda do dólar ante o real, após terem ficado praticamente estáveis no começo da sessão desta quarta-feira, 18. Investidores aguardam eventual declaração nova do presidente do Banco Central, que cumpre agenda hoje no FMI, em Washington (EUA). No câmbio, o dólar cede em meio à alta de commodities e um movimento de realização de ganhos recentes.
Em palestra em Nova York nesta terça-feira, 17, Ilan Goldfajn reforçou o cenário para mais um corte da Selic, de 6,50% para 6,25% na reunião de maio, ao afirmar que os riscos para o IPCA convergir à meta são uma eventual piora do cenário externo e o não andamento das reformas no País. Ele afirmou ainda que decisão sobre a meta de inflação para 2021 será definida pelo Conselho Monetário Nacional em junho.
Mais cedo, o IGP-M desacelerou para 0,40% na segunda prévia de abril, ante avanço de 0,59% na segunda prévia de março. Com o resultado, o índice acumula aumentos de 1,88% no ano e de 1,72% em 12 meses.
No radar, mais tarde, estarão ainda o julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do pedido de habeas corpus do deputado afastado Paulo Maluf (PP-SP), que começa às 14h; e, nos EUA, a divulgação do Livro Bege do Federal Reserve (15h), que é um sumário de opiniões sobre a economia americana.
No caso de Maluf, a eventual aceitação do pedido pode abrir caminho para que ministros revertam, individualmente, decisões tomadas por colegas também de forma monocrática, podendo ser uma brecha para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde o dia 7, seja solto.
Às 9h37 desta quarta, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2021, mais negociado, estava em 7,90%, de 7,92% no ajuste anterior. O contrato de DI para janeiro de 2023 estava em 9,09%, ante 9,11% do ajuste de terça. O dólar à vista recuava 0,61%, aos R$ 3,3894. O dólar futuro para maio caía 0,59%, aos R$ 3,3925.