Os desdobramentos do plano de refino apresentado nesta quinta-feira, 19, pela Petrobras não serão concluídos “em três, quatro ou cinco meses”, segundo o presidente da estatal, Pedro Parente, que pela manhã fez uma apresentação a agentes do mercado do modelo de negócios que está construindo para o setor.
“Acreditamos que a conclusão de uma transação dessa natureza possa ir até o ano que vem. Uma assinatura inicial (com potenciais sócios), se for possível, sai ainda neste ano. Agora vamos fazer discussões internas. Em geral, houve uma convergência na direção da proposta que a Petrobras apresentou. Isso facilita muito para que a diretoria aprove o plano rapidamente”, afirmou o executivo.
Ele acrescentou que, pela complexidade do tema e pelos valores envolvidos, o processo vai percorrer todas as etapas próprias do programa de desinvestimento e parcerias, para que sejam cumpridas as exigências do Tribunal de Contas da União (TCU).
Parente explicou que os dois blocos escolhidos para terem o controle vendido a parceiros foram escolhidos porque têm capacidade de produção semelhante, estão afastados um do outro e não contam com refinarias mais complexas, como o Comperj, no Rio de Janeiro, ainda inacabada. Ele negou que haja estudo para vender unidades em outras regiões, que não no Sul e Nordeste.
A Petrobras mantém as negociações com a CNPC no Comperj, mas as conversas ainda não foram concluídas. Sobre a conclusão da segunda fase da Refinaria Abreu e Lima, Parente afirmou que dependerá dos parceiros.