A parcela de lojas na cidade de São Paulo com nível de estoques considerado adequado cresceu de 56,4% em março para 57,1% em abril, de acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Apesar disso, a entidade faz uma avaliação negativa do levantamento do mês, já que houve aumento dos empresários com excesso de produtos e redução das lojas com falta de itens.
“Esse resultado tem coerência com a percepção de muitos varejistas de que o ritmo de recuperação da economia está demorando mais do que se esperava para engrenar”, diz a FecomercioSP em nota.
A fatia de empresas com mercadorias paradas subiu de 29,5% para 30%, enquanto a proporção daquelas que reportam falta de produtos caiu de 13,6% para 12,6%. Mesmo assim, o Índice de Estoques (IE) avançou de 113,3 pontos para 114,6 pontos. Em relação a igual mês de 2017, houve aumento de 16%.
Segundo a FecomercioSP, o porcentual de empresários com estoques elevados caiu um pouco com as vendas de Natal, mas, de lá para cá, a evolução praticamente estancou. A entidade ainda destaca que o indicador de estoques tem resistido à recuperação econômica em curso e, com o desempenho fraco do primeiro trimestre, fica descartado o ajuste definitivo no primeiro semestre.
“Para que a parcela volte ao patamar pré-crise (de menos de 25%), será necessário mais uma rodada de otimismo e crescimento das vendas, o que ocorreu de forma muito tênue e localizada no primeiro trimestre deste ano”, afirma, citando a evolução positiva do setor de automóveis e nas grandes empresas.