Economia

Confiança de empresas cresce 2,9 pontos no 1º trimestre, dizem Ibef e Saint Paul

As empresas se mostraram mais confiantes em relação à economia no primeiro trimestre, mas, ao mesmo tempo, preocupadas com as demandas internas e externas, e com os fatores relacionados à liquidez. É o que mostra o Índice CFO (ICFO), pesquisa feita pela Saint Paul Escola de Negócios e Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef) com 100 CFOs (sigla em inglês para diretores financeiros) de empresas que respondem por mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Segundo o levantamento, a confiança destes profissionais cresceu 2,9 pontos de janeiro a março, de 136,0 pontos no quarto trimestre de 2017 para 138,9 pontos. O Índice se estabelece dentro de uma escala de 20 a 180 pontos, sendo 100 a neutralidade dos CFOs.

Na mesma base de comparação, no entanto, as preocupações com as demandas interna e externa e com os fatores de liquidez responderam por 42% de todas as preocupações inerentes às atividades das empresas consultadas e de seus executivos.

De acordo com o diretor acadêmico da Saint Paul Escola de Negócios, Adriano Mussa, a manutenção do otimismo dos diretores financeiros ao longo dos três primeiros meses deste ano decorre das percepções quanto ao mercado, que cresceram 5,2 pontos para 141,1 pontos ante 135,9 no trimestre anterior; das percepções quanto ao setor, que cresceram 2,2 pontos, atingindo o patamar de 137,4 pontos (ante 135,2 no trimestre prévio); e as percepções quanto à empresa, que aumentaram 1,3 ponto, chegando a 138,3 ante 137,0 no período anterior.

“As expectativas com relação à inflação e à taxa de juros mantêm o ritmo de queda, impulsionadas pelo esforço promovido pelo Banco Central”, destacou Mussa. Ele acrescenta que as expectativas para o crescimento do PIB apresentaram uma nova melhora na comparação com o trimestre anterior, partindo de 1,9% para 2,6%.

O executivo ressalta ainda que 70% dos respondentes projetam crescimento do PIB acima de 2%. “Além disso, chama a atenção o baixo nível de coeficiente de variação (CV) nas expectativas de crescimento do PIB. Isso indica uma maior homogeneidade das expectativas dos CFOs quando ao desempenho do PIB para os próximos 12 meses”, ponderou.

As expectativas para a Selic corroboram a tendência de queda na taxa de juros verificada ao longo dos últimos meses. E as expectativas para a taxa de câmbio permaneceram estáveis em R$ 3,2 no primeiro trimestre de 2018. Após um período de muitas incertezas, a variação das respostas diminuiu, o que indica que as expectativas dos gestores estão mais alinhadas e apontam para um ritmo gradual de recuperação da atividade econômica.

Por fim, com relação aos investimentos previstos para os próximos doze meses, os executivos definiram como a principal categoria de destino a área de TI, que com 24,5% de participação no volume total de investimentos ganhou 3,8 pontos percentuais de representatividade em relação ao período anterior, mostrando que questões tecnológicas estão dentre os fatores permanentemente em análise por empresas brasileiras.

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