Economia

Fed mostra otimismo com economia dos EUA e bolsas de NY fecham em baixa

Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta quarta-feira, 2, em baixa, com os investidores analisando a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que manteve as taxas de juros inalterados e reiterou os planos de continuar o aperto monetário gradualmente em resposta à inflação mais firme nos Estados Unidos.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,72%, aos 23.924,98 pontos; o S&P 500 recuou 0,72%, aos 2.635,67 pontos; e o Nasdaq baixou 0,42%, aos 7.100,50 pontos. Os três indicadores fecharam próximos às mínimas da sessão.

As preocupações com a possibilidade de o Fed elevar as taxas de juros mais rapidamente do que o esperado contribuíram para a instabilidade nos mercados de ações nas últimas semanas. Alguns agentes do mercado temem que os custos mais altos de empréstimos para as empresas possam ameaçar os lucros, enquanto os rendimentos mais elevados dos títulos públicos americanos tornam as ações menos atraentes para alguns investidores. Um recente aumento nos juros dos Treasuries também começou a impulsionar o dólar, o que torna os produtos das grandes multinacionais americanas menos competitivos no exterior.

No comunicado do banco central nesta quarta-feira, os dirigentes apontaram que a expansão da atividade econômica em solo americano ocorrerá em ritmo moderado no médio prazo aliada a um crescimento forte no mercado de trabalho e nos investimentos. Além disso, os dirigentes do Fed comentaram que o aumento das vagas de trabalho tem se mostrado forte nos últimos meses, o que apoiou uma visão mais alinhada a altas de juros por parte dos investidores.

Em um primeiro momento, os mercados ficaram divididos com os sinais emitidos pelo Fed. Para analistas do Barclays, o Fed sugeriu, no documento, “que taxas de inflação modestamente mais altas por si só não levaram o banco central a alterar o caminho gradualista de política monetária”. Com o alerta de que o Federal Reserve pode abrir espaço para ser mais tolerante mesmo se a inflação furar a meta de 2%.

O mercado também digeriu balanços corporativos, incluindo os resultados da Apple, que anunciou o maior programa de recompra de ações da história e registrou lucro e receita recordes no trimestre encerrado em fevereiro. A ação da companhia apresentou valorização de 4,42%, a US$ 176,57, nesta quarta-feira. Já os papéis da Snap despencaram 21,94% depois que a controladora do Snapchat mostrou receita menor que o esperado no primeiro trimestre.

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