A liquidação extrajudicial do Banco Neon, decretada na manhã desta sexta-feira, 4, pelo Banco Central, demonstra que, ao mesmo tempo em que as instituições têm de ser ágeis, é necessário que elas estejam comprometidas com as normas do regulador, comentou o presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Ricardo Gelbaum.
“Bancos digitais, médios e grandes devem ser ágeis para melhor atender a seus clientes, mas com governança e comprometidos com os princípios do regulador”, disse Gelbaum ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial da instituição um dia após o Neon receber um aporte de R$ 72 milhões em primeira grande rodada de investimentos (série A). O valor é o maior já recebido entre as chamadas “fintechs”, superando as cifras recebidas na mesma etapa por empresas como Nubank e Guia Bolso. Entre os investidores está o fundo brasileiro Monashees e o Omidyar Network, do fundador do eBay, o bilionário Pierre Omidyar.
O Neon havia acabado de se filiar à ABBC, que representa bancos de médio e pequeno porte. Procurado, o Fundo Garantidor de Crédito não comentou.