A Petrobras deu início à fase vinculante de venda das ações detidas na Refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos. As ações a serem vendidas são da subsidiária Petrobras America Inc (PAI) nas empresas que compõem o sistema de refino nessa unidade.
Na fase vinculante, os interessados habilitados na fase anterior receberão cartas-convite com instruções sobre o processo de desinvestimento, incluindo as orientações para due diligence e o envio das propostas vinculantes.
A compra de Pasadena pela estatal chamou a atenção da Polícia Federal na Operação Lava Jato porque o valor pago inicialmente apenas pela metade do ativo, US$ 360 milhões, foi muito superior aos US$ 42,5 milhões que a belga Astra Oil tinha desembolsado pouco antes pela totalidade da mesma unidade. O ex-diretor Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, em delação premiada, admitiu desvio de recurso no investimento.
Agora, entre os ativos colocados à venda pela Petrobras estão a refinaria de 110 mil barris por dia e capacidade de armazenamento de 5,1 milhões de barris de petróleo e derivados, o terminal marítimo, a logística e os estoques associados, “além de um terreno estrategicamente localizado no canal marítimo de acesso a Houston (Houston Ship Channel), para oportunidades de expansão futura”, informou a estatal.
A operação é conduzida pela subsidiária Petrobras America Inc (PAI). Segundo o documento, a empresa contratou o banco Evercore para conduzir o processo de venda “junto a um seleto grupo de partes potencialmente interessadas”.
Para participar da concorrência, o valor de mercado da empresa interessada, seu patrimônio líquido e a soma dos seus ativos ou de sua “empresa-mãe” devem ser igual ou superior a US$ 500 milhões. Além disso, a relação dívida líquida/Ebitda deve ser menor que 5 vezes, indica o documento divulgado na quinta-feira.
Os interessados devem ainda já ter participado de negócios no setor e, no caso de comercializadoras de derivados, devem ter investido pelo menos uma vez no setor de petróleo e gás nos últimos 10 anos.