O dólar segue em alta no exterior e no mercado local na manhã desta quarta-feira, 16, em meio à continuidade da pressão sobre o juro do Treasury de 10 anos, que às 9h32 estava em 3,06% ao ano na esteira de preocupações geopolíticas envolvendo a Coreia do Norte e os Estados Unidos, além das quedas do euro e do petróleo. Expectativas sobre a decisão do Copom no fim do dia (às 18h), após a escalada recente do dólar, também podem deixar os investidores na defensiva.
Mais cedo, o Banco Central informou que, após cair 0,10% em fevereiro (dado já revisado), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,74% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal.
A queda do IBC-Br veio bem abaixo do piso das estimativas dos analistas financeiros (-0,4% a +0,3%, com mediana em -0,2%). O índice de atividade calculado pelo BC passou de 137,57 pontos para 136,55 pontos na série dessazonalizada de fevereiro para março. Este é o menor patamar para o IBC-Br com ajuste desde setembro de 2017 (136,27 pontos).
Lá fora, persiste a percepção de que o Federal Reserve poderá ser mais agressivo este ano com o aumento dos juros, podendo promover mais três altas dos Fed Funds. Além disso, a Coreia do Norte desistiu na terça-feira, 15, de um encontro de alto escalão que faria nesta quarta com autoridades da Coreia do Sul, por causa de manobras militares conjuntas entre Seul e Washington.
Há informações na mídia norte-coreana de que Pyongyang poderá reconsiderar a reunião de cúpula marcada para 12 de junho entre o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Já os futuros de petróleo passam por uma realização de ganhos, após atingirem máximas em três anos e meio nesta terça, em meio a sinais de que o rali visto desde o começo do ano começa a afetar o ritmo de crescimento da demanda.
Às 9h25 desta quarta-feira, o dólar à vista subia 0,49%, aos R$ 3,6813. O dólar futuro para junho estava em alta de 0,74%, aos R$ 3,6875.