O Banco Central do México decidiu nesta quinta-feira manter a taxa básica de juros em 7,5%. Segundo ele, os dados disponíveis mostram que no primeiro trimestre deste ano a atividade no país continuou a mostrar uma retomada, com crescimento superior ao quarto trimestre de 2017. Ao mesmo tempo, a instituição alerta que há riscos de baixa para o quadro econômico, “diante da incerteza que ainda prevalece na economia”.
O peso mexicano se desvalorizou, em parte também por questões internas, diz o BC. Entre os fatores que influem no câmbio estão taxas de juros mais altas no exterior, sobretudo nos Estados Unidos, e a força do dólar, bem como as incertezas associadas à renegociação do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês) e ao processo eleitoral mexicano deste ano.
Em relação aos riscos de baixa, o comunicado do BC diz que se destaca a possível valorização do peso, caso as negociações do Nafta sejam bem-sucedidas. “O balanço de riscos para a inflação com respeito à trajetória esperada mantém um viés de alta, associado aos riscos descritos, em um entorno com um alto grau de incerteza.”
O BC ainda reitera que manterá uma postura monetária prudente e continuará a dar um foco especial à potencial disseminação das variações do câmbio nos preços, à posição monetária relativa entre México e EUA e à evolução das condições econômicas nacionais. “Ante a presença de fatores que, por sua natureza, impliquem um risco para a inflação e suas expectativas, caso seja necessário a política monetária atuará de maneira oportuna e firme para conseguir a convergência dela para sua meta de 3% e fortalecer a ancoragem das expectativas de inflação no médio e longo prazos”, afirma ainda o comunicado.