O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, destacou nesta terça-feira, 22, que o governo retirou do Orçamento a previsão de receitas da venda da Eletrobras, cujo processo de descotização de usinas renderia até R$ 12,2 bilhões em outorgas do Tesouro Nacional.
O projeto de privatização da empresa continua em tramitação na Câmara dos Deputados. “A possibilidade do recurso financeiro entrar no caixa do governo neste ano é cada vez mais difícil”, reconheceu.
Para Colnago, a privatização da Eletrobras é uma prioridade do governo e nunca teve função de compor o resultado fiscal. “Como é mais provável que a entrada de recursos ocorra apenas no próximo ano, fomos cautelosos e retiramos essa previsão do orçamento deste ano”, completou.
A secretária-executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, revelou que houve uma adaptação no cronograma de venda da Eletrobras, que pode não contemplar a entrada de recursos no caixa da companhia ainda neste ano. “Mantemos o compromisso com a transparência”, afirmou.
Por outro lado, destacou Colnago, o governo aumentou em R$ 14,441 bilhões a projeção de arrecadação com os leilões de petróleo. “Além disso, o aumento do preço do barril de petróleo aumentou a projeção de arrecadação com a exploração do produto em R$ 2,058 bilhões. Então tivemos cerca de R$ 16 bilhões de ganhos com o petróleo”, detalhou.