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Vasco bate Santos, se mantém vivo na luta contra degola e afasta rival do G4

Era o jogo entre uma equipe desesperada para não ser rebaixada à Série B contra outra despreocupada, focada na final da Copa do Brasil. O resultado foi lógico. O Vasco derrotou o Santos por 1 a 0, neste domingo, em São Januário e, apesar de os outros resultados não ajudarem, continua com chances de se salvar na última rodada do Campeonato Brasileiro.

O Vasco soma 40 pontos, mesma pontuação do Figueirense, e ocupa o 18º lugar. Os catarinenses estão em 17º pelo saldo de gols. Com 38 pontos e na 19º colocação, o Goiás ainda tem chances matemáticas de escapar. Fora da zona de rebaixamento e ainda ameaçados estão Avaí (41) e Coritiba (43).

A última rodada, no próximo domingo, reserva o confronto direto entre Vasco e Coritiba, no Couto Pereira. O Figueirense joga em casa, no Orlando Scarpelli, contra o Fluminense, enquanto o Avaí encara o Corinthians no Itaquerão e o Goiás recebe o São Paulo no Serra Dourada.

Já o Santos, com o resultado negativo em São Januário, caiu para a sétima posição, com 55 pontos, não tem mais chance de terminar no G4 e agora só pode conquistar uma vaga à Libertadores se for campeão da Copa do Brasil. Apenas São Paulo e Internacional entram na última rodada brigando pela vaga na competição continental.

Após mais de uma hora de atraso por causa do temporal que castigou o gramado, o jogo começou em um ritmo frenético. Em menos de dez minutos, uma chance clara para cada lado. O Santos chegou primeiro, aos 4 minutos, em cabeçada de Nilson. O goleiro Martín Silva fez uma defesa incrível e evitou o gol. A resposta do Vasco veio aos 9. Andrezinho desviou de cabeça na área e, Jorge Henrique, livre de marcação, diante de Vanderlei, chutou para fora de pé esquerdo.

Apesar de entrar com os reservas, o Santos era um pouco mais organizado em campo, com inteligência, procurava explorar os espaços pelas pontas, já que os laterais do adversário subiam para auxiliar na movimentação ofensiva. O Vasco tomava iniciativa, até pela necessidade de sobreviver, mas faltava qualidade.

As chances vascaínas surgiam apenas em cruzamentos e chutes de longe. Em uma delas, aos 23, Nenê viu uma bola sobrar dentro da área e finalizou forte, mas Daniel Guedes impediu o gol. Um minuto depois, Diguinho fez Vanderlei trabalhar em uma finalização da intermediária.

Naquela altura, Coritiba e Goiás venciam Palmeiras e Chapecoense, respectivamente, e o Vasco estava condenado. As informações foram repassadas aos jogadores, que aumentaram a pressão. Mais uma chance pintou, desta vez em um erro de Chiquinho. Aos 36, Riascos tocou por cima de Vanderlei. O torcedor prendeu a respiração, mas a bola foi mansinha para fora.

A torcida do Vasco explodiu em esperança no final do primeiro tempo. Um minuto depois de perder chance incrível, diante de Vanderlei, Nenê levou um carrinho do goleiro santista na área e o árbitro Leandro Vuaden, mesmo sem o choque entre eles, assinalou pênalti. O próprio Nenê bateu e converteu.

Em vantagem, o Vasco renunciou perigosamente ao jogo no começo do segundo tempo. A equipe cruzmaltina recuou, e o Santos avançou suas peças. Apesar de ter o domínio territorial, os santistas não conseguiam criar oportunidades que provocassem calafrios nos torcedores vascaínos. Leandro foi o mais perigoso, aos 21, exigindo defesa de Martín Silva.

O panorama não se alterou. Só piorou para o Vasco. Observando o desgaste do adversário, o Santos adotou uma pressão ainda maior. Os vascaínos quase não conseguiam ficar de posse da bola. Martín Silva apareceu mais uma vez, aos 35, para salvar em uma cobrança de falta de Geuvânio

Apesar da pressão do Santos, o Vasco, com o apoio dos quase 11 mil torcedores que não pararam de cantar, conseguiu se segurar nos minutos finais e se manter vivo na luta para escapar da Série B. O rebaixamento ainda é uma realidade, mas, para uma equipe que ficou 13 pontos da primeira equipe fora da zona da degola neste Brasileiro, nada é impossível.

FICHA TÉCNICA

VASCO 1 X 0 SANTOS

VASCO – Martín Silva; Madson, Rodrigo, Rafael Vaz e Julio Cesar; Serginho, Diguinho (Guiñazu), Andrezinho (Bruno Gallo) e Nenê; Riascos (Rafael Silva) e Jorge Henrique
Técnico: Jorginho.

SANTOS – Vanderlei; Daniel Guedes, Werley, Leonardo e Chiquinho; Ledesma (Vitor Bueno), Leandrinho, Léo Cittadini (Lucas Otávio) e Marquinhos (Leandro); Geuvânio e
Nilson. Técnico: Dorival Junior.

GOL – Nenê, aos 44 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO – Leandro Vuaden (RS).

CARTÕES AMARELOS – Léo Cittadini, Vanderlei, Rafael Silva, Andrezinho e Martín Silva.

RENDA – R$ 478.380,00.

PÚBLICO – 10.614 pagantes.

LOCAL – Estádio de São Januário, no Rio de Janeiro (RJ).

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