A equipe de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende entrar com ações judiciais em Estados decisivos para o resultado final da disputa eleitoral deste ano. No momento, o democrata Joe Biden lidera a disputa com 253 votos no colégio eleitoral contra 214 de Trump.
Em uma mensagem no Twitter, marcada pela rede social como contendo informações incorretas e enganosas, Trump escreveu que todos os recentes Estados vencidos por Biden "serão legalmente contestados por fraude eleitoral".
A equipe do presidente abriu processos em Michigan e na Pensilvânia para interromper a contagem de votos, e pediu a recontagem em Wisconsin, onde Trump vencia no início da apuração na noite de terça, mas foi derrotado por Biden na reta final. A mesma coisa aconteceu no Michigan.
Na Pensilvânia, a discussão é pelo método de contagem de votos – Trump não quer que votos que tenham chegado no dia da eleição sejam contados depois que as urnas fecharam, como prevê a legislação estadual. Nesta quinta, a equipe eleitoral do presidente vai anunciar um processo alegando fraude eleitoral em Nevada. Outro Estado que pode ter judicialização é a Geórgia, onde Trump vence por pequena margem com 98% de apuração (49,5% a 49,2%) concluída.
O presidente diz que há muitas provas, mas, como de costume, não ofereceu nenhuma. Os resultados nesses Estados serão determinantes para o próximo ocupante da Casa Branca chegar a 270 votos no colégio eleitoral e ser eleito o 46º presidente.
Há semanas, o presidente repete, sem mostrar evidências, que há fraude na eleição, na tentativa de deslegitimar uma eventual vitória de seu oponente, que aparecia à frente nas pesquisas e vem confirmando a vantagem.
Trump também tem dito que a eleição pode ir parar na Suprema Corte dos EUA, como aconteceu no ano de 2000 na disputa entre George W. Bush e Al Gore. Na ocasião, o Partido Democrata pediu recontagem dos votos na Flórida. Após o processo, a Corte decidiu em favor de Bush, mas o processo atrasou o resultado em 35 dias.