Em um treino debaixo de chuva, em Paris, o técnico Dunga começou a definir nesta terça-feira a possível escalação da seleção brasileira para encarar a França no amistoso desta quinta-feira, no Stade de France. E a novidade ficou por conta do companheiro de Neymar.
Sem poder contar com Diego Tardelli, cortado por lesão, Roberto Firmino, do Hoffenheim, da Alemanha, foi o escolhido para formar o ataque ao lado do craque do Barcelona no treinamento mais intenso realizado até agora. A escalação, contudo, só será definida nesta quarta.
Dunga testou a seleção com duas formações, em 4-2-3-1 e com um 4-4-2, mas a única dúvida nas atividades foi sobre o goleiro: Diego Alves, Jefferson e Marcelo Grohe se alternaram no gol. Os demais titulares foram Danilo, Thiago Silva, Miranda e Filipe Luís; Fernandinho, Luiz Gustavo, Willian e Oscar; Neymar e Firmino.
O atacante do Hoffenheim, cogitado pelo Manchester United, já atuou em novembro pela seleção, na vitória sobre a Áustria por 2 a 1, quando marcou um dos gols. Nesta terça, ele deixou na reserva Robinho e Luiz Adriano, reforçando a preferência de Dunga por um ataque leve, de alta mobilidade.
Nas demais posições, não houve surpresas. Sem David Luiz, outro cortado por lesão, Thiago Silva voltou naturalmente ao posto que ocupou na última Copa do Mundo. No meio, Elias foi preterido, mas a opção não chegou a surpreender.
No treino, porém, não foi possível conferir com certeza em que posição do campo Firmino atuará, se jogará mais centralizado ou caindo pelas laterais. Isso porque Dunga realizou quatro atividades nesta terça. Ele comandou um treino de meio-campo contra defesa, para coordenar a marcação e treinar a qualidade do passe. Em paralelo, houve uma atividade de finalizações, seguido por um treino de dois toques, com quatro goleiros simultaneamente em campo. Por fim, os jogadores disputaram um rachão. Em todos, Dunga manteve Firmino entre os titulares.
Mas, em entrevista à revista France Football, a atenção do técnico brasileiro se voltou mesmo para o astro da equipe, Neymar. “Neymar precisa trabalhar de forma coletiva, assim como todos os jogadores”, exortou, ressaltando sua capacidade de definição, que foi aprimorada no Barcelona. Desde que chegou à Europa, segundo Dunga, o artilheiro da seleção está mais objetivo, visando mais o gol – ele já marcou 7, 50% do total desde que o técnico reassumiu o cargo. “Neymar não tem limites para crescer.”