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Ex-presidente da IAAF enfrenta novas e mais duras acusações de corrupção

A Justiça francesa registrou novas acusações de corrupção contra o ex-presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), Lamine Diack. De acordo com as novas alegações, o dirigente estaria ligado de forma direta ao escândalo de doping do atletismo russo.

Diack já havia sido acusado de “corrupção passiva”, por suspeita de ter arrecadado cerca de um milhão de euros para acobertar casos de doping de atletas russos em 2011. Novas evidências obtidas pela Justiça francesa, no entanto, comprovariam o envolvimento do dirigente de forma “ativa” no esquema.

Um político ligado à Justiça francesa confirmou nesta terça-feira, em entrevista à agência The Associated Press, que Diack agora está sendo acusado de “corrupção ativa”, que geralmente envolve o oferecimento de propina ou outras promessas em troca da violação de alguma regra.

Segundo este político, que pediu para não ter o nome revelado, estas novas acusações preliminares se baseiam na suspeita de que Diack teria subornado o ex-chefe do programa antidoping da IAAF, Gabriel Dolle, para atrasar o anúncio de violações cometidas por atletas russos.

As acusações preliminares permitirão que o tribunal francês tenha mais tempo para investigar o caso antes de decidir se executará uma acusação formal e se enviará o caso a tribunal. Neste momento, Diack está livre graças ao pagamento de fiança e espera a investigação, mas está impedido de deixar a França.

O dirigente é apenas um dos envolvidos em um grande escândalo de doping que estourou em 2015 no atletismo e culminou na suspensão da Federação Russa de Atletismo de competições internacionais. Diack, de 82 anos, deixou a presidência da IAAF em agosto deste ano, após ocupar o cargo por 16 anos – Sebastian Coe venceu as últimas eleições.

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