Duas vezes finalista de Roland Garros e primeiro algoz de Rafael Nadal no Grand Slam francês, Robin Soderling anunciou nesta quarta-feira a sua aposentadoria do tênis profissional, aos 31 anos de idade. O tenista sueco disse que se viu obrigado a abandonar as quadras por causa de uma doença. Ele nunca conseguiu se recuperar plenamente de um quadro de mononucleose, que é uma infecção viral que causa febre e dor de garganta.
Soderling começou a sentir uma febre de origem glandular em 2011, mas continuou treinando sem saber da real gravidade do seu problema e, com mononucleose, que diminui a resistência física, teve uma síndrome de excesso de esforço muito forte que atrapalhou a sua continuidade como tenista no circuito profissional.
A primeira grande façanha da carreira de Soderling, e talvez a maior delas, foi ter eliminado Rafael Nadal de Roland Garros em 2009, quando o espanhol, considerado o grande tenista de saibro em todos os tempos, já ostentava a condição de atual tetracampeão do Grand Slam francês. Naquela ocasião, ele encerrou uma invencibilidade de 31 jogos do poderoso rival em Paris.
Naquele mesmo ano de 2009, Soderling alcançou a final de Roland Garros, na qual acabou derrotado por Roger Federer. E, no ano seguinte, foi novamente à decisão do Grand Slam francês e reencontrou Nadal, mas desta vez acabou superado pelo espanhol, que depois também levaria mais quatro títulos da grande competição entre 2011 e 2014, se sagrando eneacampeão.
O sueco chegou a atingir a quarta colocação do ranking mundial e conquistou dez títulos de simples no circuito da ATP, no qual acumulou 310 vitórias e 170 derrotas. Nesta quarta, ele usou o Twitter para confirmar a sua aposentadoria. “Eu quero informar que decidi encerrar minha carreira como jogador profissional de tênis…
Percebi que não vou estar apto para jogar tênis no nível exigido por mim mesmo”, justificou.
Soderling também admitiu grande decepção por não poder mais atuar da forma competitiva como gostaria. “Me esforcei para me recuperar completamente nesse tempo todo, mas com a doença tem sido impossível treinar 100%”, afirmou, para depois enfatizar: “Obviamente é uma decisão muito triste. Hoje percebo que deveria ter escutado melhor o meu corpo e talvez evitasse o problema maior”.