O sucesso do Barcelona no ano de 2015 refletiu na escolha do melhor técnico do mundo pela Fifa, anunciada na festa de gala da entidade nesta segunda-feira, em Zurique. O prêmio ficou com o espanhol Luis Enrique, que comandou o clube catalão em sua temporada praticamente perfeita. Ele alegou compromissos profissionais e não esteve presente na festividade.
Ex-jogador do próprio Barcelona, Luis Enrique retornou ao time catalão para comandá-lo no início da temporada passada, vindo do Celta de Vigo. O treinador enfrentou alguns problemas no início, principalmente por conta de uma suposta crise no vestiário com Lionel Messi, mas contou com o talento do próprio Messi, Neymar e outros para se recuperar.
Como resultado, teve uma temporada praticamente perfeita. Em seus primeiros 18 meses no cargo, conquistou cinco dos seis títulos que disputou: o Campeonato Espanhol, a Copa do Rei, a Liga dos Campeões, a Supercopa da Europa e o Mundial de Clubes. Foi derrotado somente na Supercopa da Espanha pelo Athletic Bilbao, mas nada que tenha manchado esta incrível caminhada dele à frente do Barcelona.
Por conta deste ótimo desempenho, Luis Enrique superou a concorrência de outros grandes nomes para ficar com o prêmio de melhor técnico do ano. O elogiado Pep Guardiola, campeão alemão com o Bayern de Munique em 2015, e Jorge Sampaoli, responsável por levar o Chile a seu primeiro grande título da história, na última Copa América, foram os derrotados. Luis Enrique teve 31,08% dos votos, contra 22,97% de Guardiola e 9,47% de Sampaoli.
MELHOR JOGADORA DO MUNDO – A vencedora do prêmio de melhor jogadora do mundo em 2015 foi a norte-americana Carli Lloyd, que se consagrou na esteira do título mundial que os Estados Unidos conquistaram no ano passado. Ela recebeu 35,28% dos votos, contra 12,60% da alemã Celia Sasic, segunda colocada, e 9,88% da japonesa Aya Miyama, outra finalista da premiação.
“É uma honra, isso é um sonho desde que iniciei minha jornada com a seleção nacional. Celia e Aya também são jogadoras maravilhosas e verdadeiramente mereciam este prêmio. Quero agradecer Jill (Ellis, treinador da seleção feminina), à comissão técnica e a todos que me apoiaram”, ressaltou Lloyd ao receber o prêmio.
A brasileira Marta, cinco vezes ganhadora desta honraria, ficou fora do grupo das finalistas da premiação feminina pela primeira vez em 12 anos.
FUTEBOL FEMININO – Na disputa pelo prêmio de melhor comandante da modalidade, Jill Ellis foi a escolhida. Única mulher na disputa, a comandante da seleção norte-americana deixou para trás Norio Sasaki, treinador do Japão, e Mark Sampson, da Inglaterra. Ela teve 42,98% dos votos, contra 17,79% de Sasaki e 10,68% de Sampson.
“É incrível fazer parte de uma família tão incrível no futebol. Isso certamente representa muitas pessoas, nossas jogadoras e capitãs, nossa comissão nos Estados Unidos. A eles, minha sincera gratidão pelo esforço e a crença na equipe”, declarou a treinadora.
PRÊMIO FAIR PLAY – A Fifa foi política ao escolher quem receberia o Prêmio Fair Play, dado a quem “honra as outras instituições ou pessoas por sua esportividade e fair play”, como definiu a entidade. E os escolhidos foram todas as organizações de futebol que apoiaram os refugiados.