Nenhuma das sete jogadoras que boicotaram o evento-teste do basquete compareceu à oitiva marcada para esta quinta-feira pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da Confederação Brasileira de Basquete (CBB). A convocação causou grande polêmica porque as jogadoras foram chamadas a depor num raro dia de rodada na Liga de Basquete Feminino (LBF).
Gilmara, Joice (Americana/Corinthians), Adrianinha, Tati Pacheco, Tainá Paixão (América-PE), Jaqueline e Tássia (Santo André) foram convocadas pelo STJD a depor no Rio na tarde desta quinta-feira. À noite, tanto o Corinthians quanto o América-PE entrariam em quadra em suas cidades para a retomada da LBF após um mês sem jogos.
As sete jogadoras pediram dispensa da convocação para o evento-teste, em boicote liderado por cinco dos seis clubes que disputam a LBF. Jaqueline e Tássia falaram em “razões particulares”, enquanto Adrianinha, Tainá e Tati, do América-PE, explicaram a ausência por “motivos particulares, que fogem do meu controle”. Joice pediu dispensa por “razões particulares”, enquanto Gilmara alegou “motivos familiares de foro íntimo”.
Entre as jogadoras convocadas, apenas a ala Clarissa, então no Corinthians, furou o boicote. A pivô, uma das principais atletas de basquete do País, acabou demitida quando voltou do evento-teste, porque o clube alega que não a liberou para faltar aos treinos do time.
A CBB, entretanto, entende que as jogadoras tinham a obrigação de se apresentar à seleção brasileira. Por isso, denunciou o caso ao STJD, que pretendia ouvir nesta quinta-feira as jogadoras que furaram o boicote, o técnico Antônio Carlos Barbosa, o diretor técnico Vanderlei e o presidente do Americana, Ricardo Molina.
“Eu aceitei as justificativas apresentadas e no momento não há risco de ninguém ser denunciado porque não compareceu a essa oitiva. Eu vou analisar as ausências dos depoentes e juntamente com as provas que tenho nos autos para fazer um relatório. O mesmo será encaminhado no para o presidente do STJD no próximo dia 27”, explicou ao site da CBB o auditor Paulo Valed Perry.