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Chorando, Keila Costa comemora índice para terceira Olimpíada

Aos 33 anos, Keila Costa obteve índice para mais uma edição dos Jogos Olímpicos. A veterana marcou 6,70 metros nesta sexta-feira para ganhar a medalha de ouro do salto em distância no Troféu Brasil, em São Bernardo do Campo, e atingir exatamente o índice mínimo para estar no Rio de Janeiro, no próximo ano.

“Momento feliz, mas meu foco é em 2016. Quando acontece o índice, a carga sai das suas costas. É como se eu tivesse tirado uma Keila inteira dos meus ombros. Agora posso treinar muito mais tranquila”, disse a atleta, visivelmente emocionada, após o salto que a deixa muito perto da Olimpíada.

Ela só não está garantida no Rio porque, no salto em distância, outras brasileiras têm condições de superar o índice. Vão à Olimpíada as três melhores do ranking que começou a contar em 1º de maio e vai até 5 de julho do ano que vem. Tânia Ferreira, também da BM&F Bovespa, ficou a dois centímetros da marca. Jéssica Carolina (ASA/São Bernardo) e Eliane Martins (Orcampi/Campinas) terminaram em terceiro (6,42m) e quarto (6,41m), respectivamente.

Maurren Maggi, machucada, não competiu. A campeã olímpica tem índice para o Pan-Americano e pretende encerrar a carreira em Toronto. Para ser uma das duas melhores do ranking brasileiro e ser convocada, precisa saltar acima de 6,69 metros até o dia 31 de maio. O calendário nacional só prevê mais uma prova até lá, exatamente entre os dias 30 e 31, em Jundiaí.

400M – Aos 34 anos, Geisa Coutinho ratificou o índice olímpico para os 400 metros, que já havia feito na quinta-feira. Com 51s43, a veterana da Orcampi/Campinas colocou mais de um segundo de vantagem sobre suas companheiras de revezamento Joelma das Neves (Pinheiros) e Jailma de Lima (BM&F Bovespa).

Na prova masculina, os gaúchos Anderson Henriques e Pedro Burmann, da Sogipa, não vieram para o Troféu Brasil. Sem eles, a vitória ficou com Hugo Balduíno de Souza, da BM&F Bovespa. Com 45s43, entretanto, ficou longe do recorde pessoal (45s09). Henderson Estefani (Pinheiros) chegou apenas dois centésimos atrás. Jonathan Henrique, da Orcampi, completou o pódio.

MUNDIAL – Competindo pela Orcampi depois de deixar o técnico Elson Miranda e ir treinar na Europa com o ucraniano Italy Petrov, Thiago Braz faturou o ouro no salto com vara, com 5,65m, exatamente o índice necessário para o Mundial de Pequim, na China. A marca mínima para a Olimpíada, entretanto, é 5,70m. Ele fez três tentativas de 5,75m, mas falhou em todas.

Augusto Dutra tentou os 5,70m, não conseguiu, ficou com 5,55m e terminou com a prata. Fábio Gomes da Silva foi mal no Troféu Brasil, com 5,30m, mas está garantido no Mundial, assim como os demais.

NA TRAVE – Nos 800 metros, Flávia Maria de Lima, de São José do Rio Preto (SP), correu sozinha na frente e ficou a 1s03 do índice mundial e olímpico. A marca de 2min02s03, entretanto, é a segunda melhor do País desde 2007. Só não é melhor do que os 2min01s41 que ela havia feito na semifinal. Esposa de Marílson Gomes dos Santos, Juliana Gomes ficou com a prata.

Nos 100m com barreiras, Adelly Oliviera Santos (BM&F) garantiu o ouro com 13s06. A marca é a quarta melhor da história da prova no País. Fabiana dos Santos Moraes (Rezende), que fez 12s98 no ano passado, abaixo do que hoje é índice olímpico (13s00), não repetiu o desempenho. Ficou com a prata, com 13s21.

Vanessa Chefer (Pinheiros) venceu no heptatlo, com 5.915 pontos, perto dos 6.075 pontos necessários para ir ao Mundial. Bronze no Mundial de Juvenis de 2012, Tamara Alexandrino (Pinheiros) ficou só com o bronze.

Aos 19 anos, Thiago André (BM&F) superou os veteranos para vencer os 1.500m em 3min42s07, a quase seis segundos do índice mundial. No arremesso de peso, Darlan Romani (BM&F) voltou a superar os 20 metros, com 20,10m, mas não repetiu os 20,90m que lhe deram o recorde brasileiro, há 40 dias, antes do início do período de obtenção de índices para a Olimpíada.

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