Esportes

Scheidt se coloca na briga por medalha no Rio e lembra que Olimpíada será difícil

Confirmado na Olimpíada do Rio, em 2016, o velejador Robert Scheidt festejou a indicação, mas sabe que precisa trabalhar muito para chegar em forma à competição da classe Laser. “Não penso na idade, em quantas Olimpíadas eu fiz, pois o passado não garante nada. Se achasse que não tivesse chance não teria nem começado. Será uma Olimpíada dificílima, mas tenho experiência para velejar nesse nível”, afirmou o atleta de 42 anos. “Não acho que estou fora da briga, pelo contrário”, avisou.

Para ir em busca de sua sexta medalha olímpica, Scheidt pretende fazer uma imersão nos treinamentos na Baía de Guanabara, local onde será realizada a disputa em 2016. Para ele, o local oferece boas condições para todo velejador. “Seria um erro muito grande tirar a competição olímpica do lado de dentro da Baía de Guanabara. As raias de dentro da Baía são as conhecidas, são boas, técnicas e além disso tem situação meteorológica que tem vento dentro da Baía e não tem fora”, explicou.

Ele lembra que os velejadores que participaram na última semana do Aquece Rio, um evento-teste para os Jogos Olímpicos, gostaram das condições. “Todo mundo considera a raia difícil, mas ao mesmo tempo sabem que vai testar a habilidade dos velejadores. E todo mundo gosta disso. Os atletas de ponta gostam disso”, disse.

Scheidt tem duas medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze em seu currículo olímpico. Nas últimas duas edições, ele competiu ao lado de Bruno Prada na Star, mas com a saída da classe do programa olímpico, o velejador voltou para a Laser, em setembro de 2012. Logo no ano seguinte, em Omã, conquistou mais um título mundial.

Só que no ano passado, Scheidt teve lesão no joelho e fez uma temporada irregular, mas no Pan de Toronto ele ficou com a medalha de prata. Na semana passada, no evento-teste da vela no Rio, ficou em quarto lugar e por isso mesmo quer intensificar seus treinamentos no Rio. “Foi um ano com alguns altos e baixos, o Mundial foi muito difícil, não tive bom desempenho, e no Pan as regatas tiveram vento extremamente fraco, mas a prata foi um bom resultado”.

Focado nos treinamentos, Scheidt sabe que terá uma missão complicada por competir em casa. Mas ele espera que isso o ajude a conquistar sua sexta medalha olímpica. “Será um desafio diferente, estou casado, com dois filhos, mas extremamente motivado. A torcida será grande e a raia da medal race é perto do público”, concluiu o velejador, ciente de que pode não ser seu adeus olímpico. “Não tento ficar pensando em última Olimpíada. Quando acabar vou ver. Tenho tantas propostas para velejar em outras classes, até as que não são olímpicas”.

Posso ajudar?