Gianni Infantino deu início nesta segunda-feira ao seu mandato no comando do futebol mundial prometendo “transparência” e uma “nova era”. “O futebol voltou para a Fifa”, disse o suíço ao assumir a presidência da entidade e promovendo jogo amistoso de futebol. Mas quando foi questionado pelos jornalistas sobre o que ocorreria com as suspeitas em relação ao Mundial de 2022 no Catar e em 2018, na Rússia, o cartola deixou claro que pretende manter os torneios, sem reabrir velhas feridas.
“Não existem provas de nada. O que ouvimos nos últimos seis anos foram apenas especulações. O que eu tentarei fazer é ter a melhor Copa do Mundo possível em 2018 na Rússia e a melhor Copa em 2022 no Catar”, disse. Seu mentor na Uefa, Michel Platini, havia votado pelo Catar e, desde 2010, a escolha do país árabe para sediar o Mundial foi permeada por escândalos. O Ministério Público suíço abriu investigações e, até o fim do ano, os primeiros resultados devem aparecer.
Infantino, que contou com o apoio da Uefa, Conmebol e outras regiões, deixou claro que não estuda reabrir o voto. Ao ser questionado sobre o que faria se a Justiça desse outra opinião sobre a escolha, o novo presidente da Fifa também desconversou.
Diplomático, o suíço assume a Fifa com a tarefa de trazer de volta a credibilidade para a entidade. Num esforço midiático, convidou jogadores, treinadores e jornalistas para disputar um amistoso nesta segunda-feira. Em campo, estavam Figo, Seedorf, Deco, Fabio Cannavaro e outras estrelas.
“O futebol voltou”, insistia Infantino, que vestiu a camisa 9. Com chuteiras verdes, o cartola pouco fez no ataque. Na “arquibancada” estavam todos os funcionários da Fifa e até Salman Al Khalifa, o principal concorrente de Infantino na eleição. Questionado se havia recebido dinheiro para estar na partida, Seedorf não escondeu sua irritação. Mas admitiu que as passagens de todos os jogadores foram pagas pelos organizadores. “Fomos convidados”, respondeu.