A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu nota oficial no início da noite desta quarta-feira para rebater as críticas do senador Romário (PSB-RJ) pela ausência do presidente da CBF, Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, na sessão desta tarde na CPI do Futebol, em curso no Senado e presidida pelo ex-jogador.
Mais cedo, o senador disse que Nunes poderá ser conduzido à força no dia 16 para prestar depoimento no Senado após faltar à convocação desta quarta. Ainda segundo Romário, antes de ser convidado, o dirigente se negou a colaborar com a CPI.
“A CBF rechaça, com a maior veemência, a irreal alegação de que o seu presidente em exercício estaria, injustificadamente, evitando comparecer à CPI. Ele comparecerá, espontaneamente, à sessão do próximo dia 16”, garante a CBF.
A entidade garante que Nunes “sempre se colocou à disposição para comparecer à CPI do Futebol, desde que respeitados os direitos e garantias dos cidadãos e observado o devido processo legal”.
Em documento enviado à CPI e recebido pela comissão no último dia 25, Nunes afirmou que não poderia se ausentar da CBF nesta quarta e nem na quinta porque precisava acompanhar a convocação da seleção brasileira para os jogos das Eliminatórias contra Uruguai e Paraguai. O técnico Dunga anunciará a lista na quinta-feira.
A CBF alega que Nunes recebeu o convite em 18 de fevereiro e respondeu a Romário, presidente da CPI, já no dia seguinte. Aceitou o convite, mas pediu uma nova data, “em virtude de compromissos anteriormente agendados”.
A nota da entidade máxima do futebol brasileiro critica o fato de Romário ter remetido ofício convocando (e não mais convidando) Nunes a depor “sem que houvesse o necessário requerimento aprovado pela Comissão”. “Sob tais circunstâncias, resulta óbvio a irregularidade dessa última convocação, mostrando-se insuscetível de ser atendida”, explica a CBF.