Esportes

Boxe define lista olímpica com Chocolate, Robenilson e Adriana Araújo

A Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) não confirma à imprensa, mas já definiu como vai usar as seis vagas a que tem direito nos Jogos Olímpicos do Rio como país sede. Vai levar à competição a medalhista Adriana Araújo, da categoria leve, o mosca ligeiro Patrick Lourenço, o mosca Julião Neto, o galo Robenilson Jesus, o meio-médio ligeiro Joedison Teixeira, o Chocolate, e o meio-pesado Michel Borges. O leve Robson Conceição já havia conseguido a vaga nominal pelo quarto lugar no Mundial Amador do ano passado.

A lista inicialmente foi divulgada pela Rede Record, sendo confirmada pela reportagem da Agência Estado junto aos atletas, que já haviam sido informados pela comissão técnica. A CBBoxe tem até segunda-feira para informar à Associação Internacional de Boxe Amador (Aiba) os nomes dos cinco boxeadores homens escolhidos para herdar os convites.

Na terça-feira começa em Buenos Aires o Pré-Olímpico das Américas, oferecendo três vagas por categoria – exceto naquelas que o Brasil utilizou o convite. Quatro brasileiros vão buscar a classificação para o Rio-2016: o meio-médio Roberto Queiroz, o médio Pedro Lima, o pesado Juan Nogueira e o superpesado Rafael Lima.

Sem poder indicar nas duas categorias mais pesadas, que têm chave mais curta na Olimpíada, a comissão técnica sequer informava se iria optar por utilizar seus convites com boxeadores que têm chance de medalha no Rio-2016, garantindo a presença deles nos Jogos, ou se preferiria ofertá-los aos pugilistas que teriam mais dificuldades de conseguir a vaga olímpica. Foi na primeira opção.

Em meio a uma polêmica sobre a possibilidade de a Aiba alterar seu estatuto em maio e permitir a participação de boxeadores profissionais já nos Jogos Olímpicos do Rio, a CBBoxe fechou as portas para Everton Lopes (campeão mundial amador em 2011 e bronze em 2013) e Yamaguchi Falcão (bronze olímpico em 2012). Ao indicar Chocolate e Michel Borges para a Olimpíada, o Brasil não terá mais como substituir os escolhidos nas categorias que esses profissionais se encaixam.

Por outro lado, segue viável a participação de Esquiva Falcão nos Jogos Olímpicos do Rio. Prata em Londres, ele luta entre os médios, cujo titular da seleção era Myke Carvalho. Mas o paraense, que iria à sua quinta Olimpíada, quebrou o osso do antebraço no mês passado e decidiu se aposentar. O baiano Pedro Lima foi chamado às pressas para se juntar à equipe permanente que treina em São Paulo e a CBBoxe optou por não dar-lhe a vaga olímpica de mão beijada.

Caso Pedro Lima não consiga a classificação a partir do Pré-Olímpico das Américas e a Aiba altere seu estatuto em maio com efeitos imediatos, Esquiva poderia ser escalado para lutar o Pré-Olímpico Mundial, que acontece em junho, no Azerbaijão, distribuindo mais cinco vagas por categoria.

No feminino o Brasil tem direito a só um convite e optou por utilizá-la com Adriana Araújo. Bronze em Londres, ela deixou a seleção por desentendimentos com o presidente Mauro Silva, mas retornou à equipe depois de intermediação do Ministério do Esporte e do COB. A baiana sequer era titular absoluta da sua categoria, vinha de maus resultados, mas venceu a disputa direta contra Tayna Cardoso.

Adriana também acabou beneficiada pela suspensão por doping das titulares das outras duas categorias olímpicas do boxe feminino: a peso médio Roseli Feitosa (campeã mundial em 2010) e a peso mosca Clélia Costa (bronze no Mundial de 2014).

No caso do boxe feminino, o Brasil tem até o início do Pré-Olímpico Mundial, em 19 de maio, para informar à Aiba sobre sua decisão. Isso faz com que haja margem para a comissão técnica mudar de ideia, ainda que Adriana já tenha sido informada que a vaga será dela.

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