Pouco mais de três meses após ser derrotado por Joseph Blatter na eleição presidencial da Fifa, o príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein revelou que concorrerá novamente ao cargo. Graças à renúncia do suíço, após os escândalos de corrupção na entidade, Al-Hussein poderá tentar mais uma vez assumir a chefia do futebol mundial na eleição de fevereiro do ano que vem.
O príncipe anunciou a candidatura durante um evento em Amã, capital da Jordânia, diante de cerca de 300 pessoas. Em suas primeiras palavras como concorrente ao pleito, ele prometeu “lutar contra a corrupção enraizada e os acordos políticos obscuros” na entidade, além de um comando mais transparente.
Al-Hussein disse que se for eleito, vai tirar o comando do futebol exclusivamente da Fifa e o dividirá com as associações nacionais de futebol. Ele ainda prometeu investir no desenvolvimento do futebol, inclusive o feminino, e lutar contra a “praga das manipulações de resultados”.
Todas estas promessas não foram suficientes para que o príncipe fosse eleito em maio. Na ocasião, ele era o único concorrente de Blatter e acabou derrotado no primeiro turno da eleição por 133 votos a 73. O jordaniano, então, desistiu do segundo turno, o que garantia, no momento, mais um mandato ao suíço.
Só que apenas quatro dias depois, Joseph Blatter anunciou a renúncia e convocou as novas eleições, graças a um escândalo de corrupção investigado pela Justiça dos Estados Unidos, apoiada pela suíça, que acusou nomes como os do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e o do ex-presidente da CBF José Maria Marin.
De lá para cá, diversos nomes já revelaram o desejo de concorrer à presidência da entidade, como o presidente da Uefa, Michel Platini, e o ex-vice-presidente da Confederação Asiática, Chung Mong-Joon. No Brasil, Zico anunciou que pretender disputar a eleição e a CBF já confirmou o apoio ao ex-jogador.