A estreia da seleção brasileira na Copa América, na vitória por 2 a 1 sobre o Peru, deixou claro que existe uma briga pela posição de comandante de ataque do time. Dunga ainda não se decidiu entre Diego Tardelli, um jogador de mais mobilidade e que se desloca bastante pelo campo, e Roberto Firmino, que tem mais presença de área, embora em seu clube, o Hoffenheim da Alemanha, jogue muitas vezes vindo de trás para penetrar na área.
Contra o Peru, em Temuco, Dunga optou por iniciar com Diego Tardelli, mesma atitude que deve o amistoso preparatório contra o México, realizado em São Paulo – naquela partida, fez um dos gols da vitória por 2 a 0. O ex-jogador do Atlético-MG teve boa movimentação contra os peruanos, abriu espaços, procurou tabelas, mas a rigor não teve uma grande chance de gol – na melhor, no primeiro tempo, acabou se enrolando com a bola.
Na etapa final do jogo, quando Tardelli já havia saído, o treinador colocou Firmino em campo. Queria ter mais presença de área. Também não deu certo. O jogador alagoano participou mais ativamente de lances fora da área e pelos lados do campo, uma vez que estava difícil de a bola chegar em condição de conclusão.
A consequência é que a luta pela posição continua aberta. Tardelli é mais experiente e se disse tranquilo. Acha que fez bem o seu papel contra o Peru. “Estive bem, bastante confiante, seguro”, garantiu. “Infelizmente não tive chance clara durante a partida, mas o mais importante foi sair com o dever cumprido, com elogios da comissão (técnica), de quem assistiu à partida.”
Diego Tardelli confia que a tendência é de que melhore seu entrosamento com Neymar e os outros jogadores de frente da seleção. Reconhece que é importante fazer gol, mas é ainda mais importante cumprir as determinações de Dunga. “Procuro fazer o que o Dunga pede, me movimentar, ajudar na marcação. O gol é lógico que te dá confiança, ainda mais para o um atacante. Mas estou fazendo o que Dunga pede.”
Firmino, que foi testado no amistoso contra Honduras em Porto Alegre e fez o gol da vitória por 1 a 0. Esperava começar a partida contra o Peru, mas recebeu com naturalidade a reserva. “Estou tranquilo, como sempre. Quem decide é o treinador. A mim cabe estar preparado para quando entrar.”