José Maria Marin, ex-presidente da CBF, completou nesta terça-feira quatro meses de prisão em Zurique, na Suíça, e, em um encontro com advogados norte-americanos, praticamente fechou um acordo que o possibilitará permanecer em prisão domiciliar caso seja extraditado aos Estados Unidos. A previsão é de que ele tenha de pagar R$ 40 milhões como garantia.
O brasileiro foi detido na Suíça em 27 de maio, acusado de corrupção e de receber propinas para a Copa do Brasil e Copa América. Ele aguarda uma definição da Justiça da Suíça, que deve ser anunciado em poucos dias. Mas já costurou um acordo pelo qual ele seria extraditado e ficaria em seu apartamento, no Trump Tower, em Nova York, enquanto aguarda seu julgamento nos Estados Unidos.
No acordo, ele pagaria aos Estados Unidos uma fiança milionária e que incluiria até mesmo a assinatura de sua esposa. Entregaria o apartamento e ainda ativos espalhados por bancos e diversas contas, em um total de quase US$ 10 milhões. Em troca, poderia passar uma primeira etapa apenas em casa, com garantias de que o raio de liberdade seria gradualmente ampliado. Retornar ao Brasil, porém, seria difícil pelo entendimento.
Nesta terça-feira, os suíços deram mais uma demonstração de que devem extraditar a todos os sete presos. O departamento de Justiça do país anunciou a quarta extradição aos Estados Unidos e, desta vez, o alvo foi Eduardo Li, ex-presidente da Federação de Futebol da Costa Rica. Ele é suspeito de ter aceito propinas por uma empresa norte-americana para os direitos de marketing para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia.