O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, garantiu que a prisão de José Maria Marin, ex-chefe da CBF, e o fato de o atual mandatário da entidade, Marco Polo Del Nero, não participar de reuniões preparatórias do torneio de futebol dos Jogos de 2016 não trazem prejuízo à organização da Olimpíada. Segundo Nuzman, “tudo marcha da melhor forma possível”.
A declaração do dirigente foi dada nesta quarta-feira, durante cerimônia no Itaquerão na qual foi assinado o contrato que oficializou o uso do estádio na Olimpíada do próximo ano. Além de Nuzman, participaram do ato o governador Geraldo Alckmin, o prefeito Fernando Haddad e o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade. CBF e Fifa não enviaram representantes ao evento. O estádio do Corinthians receberá dez partidas, incluindo uma das semifinais do torneio masculino e a disputa pelo bronze no feminino.
“Assinamos um contrato de organização dos Jogos. Não estamos tratando de sorteio e tabela, coisas que precisam ser acertadas com a Fifa depois da eleição da nova administração. Com a CBF, as seleções estão trabalhado e já tivemos algumas conversas. Da nossa parte, tudo marcha da melhor forma possível”, justificou Nuzman.
Preso no dia 27 de maio em Zurique, acusado de ter participado de um esquema de corrupção na Fifa e recebido propina, Marin foi banido do Comitê Organizador dos Torneios Olímpicos de Futebol no mês seguinte. O órgão é presidido por Del Nero, que desde a prisão de Marin não viajou mais para fora do País e, inclusive, faltou à ultima reunião do comitê, realizada semana passada na sede da Fifa, na Suíça. Segundo Nuzman, as conversas do COB sobre o torneio de futebol vêm sendo feitas diretamente com a Fifa.
“Todos os esportes têm a sua parte técnica dirigida pelas federações internacionais. A relação do comitê organizador é sempre com a federação. É ela que estabelece a maneira de trabalhar e organizar a tabela das competições porque é preciso acertar com as televisões. A nossa responsabilidade é de organizar e é o que nós estamos fazendo”, disse.