Vice-presidente da Uefa, o italiano Michele Uva disse nesta terça-feira que, ao menos por enquanto, a entidade não considera a hipótese de cancelar a disputa da próxima Eurocopa por causa do temor causado pela epidemia do coronavírus. Apesar do crescimento do número de casos da doença no continente, em especial na Itália, o dirigente afirmou que as competições organizadas pela entidade só serão interrompidas ou canceladas se as condições piorarem.
A Eurocopa começará em junho deste ano e terá seus jogos distribuídos por 12 países. A Itália terá papel especial na competição, uma vez que será a sede da partida de abertura e de mais três jogos.
"Estamos em uma fase de observação. Estamos monitorando a situação de país em país e o futebol tem de seguir as instruções do governo de cada Estado", disse Uva à emissora "Rai Radio 1 Sport", de seu país.
O dirigente afirmou que, apesar do plano de manter o calendário, será necessário observar o andamento da epidemia com muita atenção e estar preparado para a possibilidade de uma mudança. "As competições só serão suspensas se a situação se agravar."
A Itália é o país europeu com o quadro mais delicado da epidemia, em especial no norte do país. Alguns jogos serão disputados com os portões fechados nos próximos dias e, no último fim de semana, quatro partidas da rodada do Campeonato Italiano foram adiadas para evitar o risco de contágio.
Até mesmo em competições organizadas pela Uefa o impacto já foi sentido. Na quinta-feira, pela Liga Europa, a Internazionale vai receber o Ludogorets Razgrad, da Bulgária, com os portões fechados. Na segunda-feira, o Barcelona viajou para enfrentar o Napoli cercado de cuidados médicos, principalmente com a medição da temperatura dos jogadores na chegada à Itália.