A seleção da Argentina fez a lição de casa nesta terça-feira ao derrotar a modesta equipe da Bolívia, no gramado ruim do estádio Mario Alberto Kempes, em Córdoba. Se o placar de 2 a 0 não foi dos mais convincentes, garantiu ao menos uma recuperação na tabela das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018. Os argentinos subiram do quinto para o provisório terceiro lugar.
Para tanto, precisa torcer por um empate entre Brasil e Paraguai, que se enfrentam nesta noite em Assunção. Assim, a seleção argentina não seria ultrapassada por nenhuma das duas equipes, que têm oito pontos cada. O time do técnico Gerardo Martino chegou agora aos 11 pontos. Uruguai e Equador lideram, com 13 cada. Já a Bolívia segue com apenas três, na penúltima colocação.
A torcida argentina pôde comemorar também nesta terça mais uma boa atuação de Messi com a camisa da sua seleção. Ele marcou um dos gols da partida, alcançando seu 50º gol pela equipe. Agora só falta um para atingir a marca histórica de 500 gols na sua vitoriosa carreira.
O JOGO – Apesar das condições ruins do castigado gramado, a Argentina não demorou para se sentir confortável no estádio Mario Alberto Kempes. Logo no primeiro minuto de jogo, Di María quase abriu o placar. No rebote, Banega acertou a trave, assustando a defesa boliviana. Foi o prenúncio do que a zaga visitante iria enfrentar, principalmente no primeiro tempo.
Claramente superior em campo, a seleção argentina abriu o placar aos 19 minutos, em uma esperta cobrança de falta de Messi. Ele bateu rápido e acionou Higuaín, cara a cara com o goleiro Lampe. Mas não converteu. Mercado, porém, aproveitou o rebote da defesa e só cutucou para as redes.
Com a vantagem, a Argentina passou a jogar mais solto e Messi tinha liberdade para se movimentar em todo o meio-campo e no ataque. Ele cobrava faltas, armava jogadas e ainda finalizava. Aos 29, pôde também deixar sua marca. Ele converteu pênalti inexistente sofrido por Banega. Foi o 50º gol de Messi com a camisa da seleção argentina. Ele só precisa de mais um para alcançar a marca de 500 na carreira.
O número histórico quase foi alcançado aos 34 minutos, quando ele mandou para as redes. O árbitro, contudo, assinalou o impedimento de Banega, que havia dado a assistência. Antes do intervalo, o técnico Gerardo Martino teve outra má notícia. Di María se machucou e precisou deixar o gramado – Ángel Correa entrou em seu lugar.
Mesmo sem Di María, a Argentina seguia dominante em campo no segundo tempo. Mas não tinha a mesma atenção da etapa inicial, em razão da boa vantagem no placar. Assim, desperdiçou boas chances aos 4, aos 14 e aos 18 minutos.
Inoperante, a Bolívia sacramentou suas três substituições nos primeiros minutos da segunda etapa. Como resultado, criou duas boas chances no ataque. O goleiro Romero trabalhou para fazer as defesas, sem maior perigo.
Enquanto isso no ataque argentino, Messi seguia em busca da grande marca em sua carreira. Uma boa oportunidade surgiu aos 37: uma cobrança de falta de média distância. O capitão caprichou na cobrança, mas desta vez o goleiro Lampe fez linda defesa, de mão trocada, para evitar a finalização no ângulo. O 500º gol de Messi ficou para a próxima.
Agora as duas seleções voltam a campo somente em setembro, quando serão disputadas a sétima e a oitava rodada das Eliminatórias. A Argentina terá pela frente a tradicional equipe uruguaia, em casa, e a lanterna Venezuela, fora. A Bolívia enfrentará o Peru, em casa, e o Chile, longe dos seus domínios.