A sexta-feira em Toronto será um dia peculiar para os atletas do ciclismo BMX, única modalidade considerada radical do programa olímpico. Isso porque os Jogos Pan-Americanos vão conhecer dois campeões que não vão receber medalhas pelos títulos da final do contrarrelógio.
A peculiaridade não é exclusiva dos Pan. Aconteceu também nos Jogos Europeus, por exemplo. Isso porque a realização de finais do contrarrelógio é uma obrigação imposta pela União Ciclística Internacional (UCI), dentro do seu projeto de desenvolver a modalidade.
Pelo formato de competição do BMX, 24 homens e 14 mulheres vão participar da primeira fase do contrarrelógio em Toronto. Cada um deles larga individualmente para fazer tomada de tempo. Todos avançam às fases de quartas de final (masculino) ou semifinal (feminino), quando a competição passa a ser no formato de corrida. Os resultados do contrarrelógio valem para definir a divisão dos atletas e a raia em que largam nas baterias.
Depois, a partir das 13h50 de Brasília, os oito melhores da fase de classificação fazem novas tomadas de tempo, na final do contrarrelógio. Os vencedores são declarados campeões pela UCI, que considera o Pan para o seu ranking mundial. Mas a competição não distribui medalhas, por decisão dos organizadores do evento. No Campeonato Brasileiro realizado no fim de semana passado, por exemplo, houve entrega de medalhas.
No Pan, a disputa por medalhas, com as baterias de quartas, semi e final para homens e semifinal e final para mulheres, será no sábado. O Brasil será representado por Thaynara Morosini, Priscila Carnaval, Renato Rezende e Anderson Ezequiel.
Renato é candidato ao pódio, uma vez que ocupa o 11.º lugar do ranking mundial – era quinto colocado até o mês passado. Dois norte-americanos e um canadense, entretanto, estão melhores ranqueados do que ele. No feminino, a favorita é a colombiana Mariana Pajon, campeã olímpica e ídolo daquele país.