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Eurico contesta MP-RJ sobre torcidas em clássico, e vai à Justiça

O presidente vascaíno Eurico Miranda contestou nesta sexta-feira o Ministério Público do Rio, que recomendou à CBF que o jogo entre Fluminense e Vasco, marcado para o dia 19 deste mês, pelo Campeonato Brasileiro, recebesse torcedores das duas equipes. Como o pedido foi acatado, o dirigente do Vasco afirmou que vai entrar na Justiça contra a decisão.

“A CBF tinha determinado que a partida entre Vasco e Fluminense fosse com torcida única e agora o MP decidiu que seja com duas torcidas. Eu vou recorrer judicialmente dessa decisão e se não conseguir, recomendarei a torcida do Vasco que não vá ao jogo. É um clássico de altíssimo risco. Na última partida tivemos mais de 127 presos”, disse em referência ao jogo entre os dois times ainda no Campeonato Carioca.

Na ocasião, torcedores das duas equipes brigaram em um bairro vizinho ao estádio do Engenhão, local do jogo, poucas horas antes de seu início. Em seguida, apenas vascaínos se enfrentaram nas arquibancadas. Esse jogo não ocorreu no Maracanã porque Eurico reivindica a ocupação do setor sul pelos vascaínos, conforme uma tradição que foi encerrada após a reforma do estádio, quando o Fluminense acertou com o Consórcio Maracanã o direito de ficar com a área.

“Tudo isso está acontecendo porque o torcedor vascaíno está sendo desrespeitado, no seu direito conquistado de mais de 60 anos, com o seu lado histórico no estádio”, reclamou, antes de fazer uma ameaça para o segundo turno. “O mando de campo será do Vasco e iremos seguir o regulamento da CBF. Jogaremos em São Januário, com torcida única ou 10% para o visitante.” O estádio do Vasco tem capacidade para cerca de 20 mil pessoas.

Enquanto Eurico falava, o técnico Celso Roth conduzia um treino tático em São Januário, com foco na partida deste sábado com o Grêmio, em Porto Alegre. Pressionado, o treinador fez mistério e fechou a atividade. Com apenas nove pontos, o Vasco é o penúltimo colocado do Brasileirão.

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