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Fora da convocação para a Olimpíada, Fabiana Beltrame ainda sonha com convite

Principal nome do remo feminino do Brasil, Fabiana Beltrame, de 33 anos, planejou encerrar a carreira vitoriosa nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. A atleta do Vasco, porém, acabou ficando de fora da convocação da Confederação Brasileira de Remo (CBR). Agora, depende de um convite da federação internacional da modalidade (Fisa, na sigla em francês) para disputar a Olimpíada. Sobre a situação, demonstra um misto de resignação e esperança.

“Desde a Regata Continental (mês passado) eu já imaginava. Eu já estava preparada. Para mim, não foi novidade”, admitiu. “Mas a esperança é a última que morre, e enquanto tiver chance, vou continuar treinando.”

Fabiana até conseguiu a vaga para os Jogos Olímpicos, mas a Fisa determinou que, caso um país classificasse mais de um barco a partir da Regata Latino-Americana, seria preciso optar por apenas um em cada gênero. Assim, a CBR utilizou o critério técnico e definiu na terça-feira que a dupla formada por Fernanda Nunes e Vanessa Cozzi representará o Brasil entre as mulheres – William Giaretton e Xavier Vela foram os escolhidos no masculino. As duplas foram campeãs em suas categorias no torneio disputado em Valparaíso, no Chile.

“Fiz o que eu pude. As meninas (Fernanda e Vanessa) realmente foram melhores, e não tem muito que discutir sobre isso. Elas merecem a vaga, vão competir e vão representar bem”, considerou Fabiana.

Campeã mundial em 2011 e presente nas três últimas Olimpíadas, a atleta ainda nutre o sonho de competir no Rio. Para isso, depende de um convite. “Tem bastante gente se esforçando para isso. Vai depender da federação internacional. Tenho receio de ficar de fora, mas mesmo que seja 1% de chance, eu tenho que acreditar. Senão, não vou ter motivação para seguir treinando”, afirmou.

Apesar de reconhecer que a escolha da CBR foi acertada, Fabiana admitiu que a chance real de ficar de fora da Olimpíada incomoda. “Não é fácil, ainda mais que é meu último ano. Eu queria encerrar a carreira com os Jogos aqui no Rio, então foi realmente um balde de água fria.”

A remadora prevê que a definição sobre o convite sairá apenas em julho. Até lá, pretende seguir treinando e competindo. Difícil será conviver com a incerteza. “Dá uma agonia. Eu sou bem ansiosa com tudo, mas é uma boa oportunidade para trabalhar isso.”

Caso a vaga para a disputa dos Jogos não venha, Fabiana não descarta a possibilidade de atuar do lado de fora. “De repente posso ajudar de alguma forma, mas nem pensei sobre isso. Prefiro continuar acreditando que eu vou conseguir competir.”

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