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Suíça aprova extradição de mais um dirigente e deixa caso de Marin para o final

As autoridades suíças aprovaram a extradição de um sexto cartola da Fifa preso em maio em Zurique. Nesta quinta-feira, o Departamento de Justiça deu sinal verde para a extradição de Julio Rocha, dirigente da Nicarágua. Ele será enviado inicialmente aos Estados Unidos e, de lá, para seu país de origem. Na semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo havia revelado com exclusividade que essa extradição seria anunciada, deixando o caso de José Maria Marin, ex-presidente da CBF, como o último a ser julgado pelos suíços.

Rocha era o presidente da Federação de Futebol da Nicarágua e foi preso ao lado de outros seis cartolas às vésperas do Congresso da Fifa, no dia 27 de maio, à pedido do FBI. Ele é acusado de receber propinas de US$ 150 mil relacionados a contratos sobre as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. A Nicarágua também pediu sua extradição e Rocha teria concordado, conforme a reportagem revelou. Mas caberia aos suíços determinarem se ele iria aos Estados Unidos ou a seu país de origem, o que foi anunciado nesta quinta em Berna. Pela decisão, o dirigente vai primeiro aos tribunais americanos.

Ao pedir propinas, Rocha teria “influenciado de forma substancial” a concorrência e “distorceu o mercado”. “Outras empresas de marketing ficaram em uma situação de desvantagem e as federações de futebol foram impedidas de negociar acordos mais favoráveis”, afirmou a Justiça suíça. Rocha ainda poderá recorrer da decisão. Além dele, a Suíça já deu sinal verde para a extradição de Eugenio Figueredo, Rafael Esquivel, Eduardo Li, Costas Takkas e Jeffrey Webb aos Estados Unidos, onde todos são acusados de corrupção.

MARIN – José Maria Marin, assim, é o último dos sete presos a ter o seu caso avaliado pela Justiça. Mas seus advogados já indicam que ele pode até mesmo abrir mão de um recurso. Com um apartamento nos Estados Unidos, ele teria possibilidade de pagar uma fiança milionária, o que o permitiria a aguardar o julgamento em sua residência. Pessoas que estiveram com o brasileiro indicaram que, depois de mais de quatro meses na prisão em Zurique, ele mostra claros sinais de querer ver uma definição para seu caso.

Uma fiança, porém, poderia custar quase R$ 40 milhões e a negociação com a Justiça americana já estava em fase avançada no início da semana. Ela envolveria cerca de US$ 7 milhões, além do confisco do apartamento nos Estados Unidos, avaliado em US$ 2,5 milhões.

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