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Natação brasileira bate recorde de medalhas e deixa o Pan mais forte do que nunca

A duas semanas do início do Mundial de Kazan (Rússia), a natação brasileira nunca foi tão forte. E isso fica evidenciado não apenas pelas 26 medalhas obtidas em Toronto, mas também pelo que mostra o cronômetro. A delegação se despediu dos Jogos Pan-Americanos, neste sábado, com 11 marcas entre as 10 melhores do mundo no ano em provas olímpicas. Quinze entre as 20 melhores.

O Brasil está no Top 10 com Guilherme Guido (quarto nos 100m costas), Leonardo de Deus (sexto nos 200m borboleta), João de Lucca (nono nos 200m livre), Felipe França (terceiro) e Felipe Lima (sexto nos 100m peito), Henrique Rodrigues (terceiro) e Thiago Pereira (quinto nos 200m medley). Thiago Simon ocupa o 14.º lugar dos 200m peito. Desclassificado nos 400m medley, Thiago Pereira ainda é o 12.º do mundo, com Brandonn Pierry em 16.º

Nas provas de velocidade do estilo livre, os brasileiros claramente não estavam na melhor forma no Pan, uma vez que o período de descanso deles para o Mundial é mais longo. Com marcas feitas em outros eventos, Bruno Fratus e Cesar Cielo são respectivamente terceiro e quarto dos 50m livre – a marca de Fratus no Pan equivale ao sétimo lugar.

Entre as mulheres, o Brasil não briga entre as melhores do mundo. As metas são mais modestas, mas foram alcançadas em Toronto. A começar pela primeira medalha de ouro em Jogos Pan-Americanos, que veio com Etiene Medeiros, nos 100m costas. Oito recordes sul-americanos foram batidos, a maioria deles durava desde 2009, quando ainda eram permitidos os trajes tecnológicos.

Mesmo assim, o Pan teve algumas marcas expressivas. Etiene é a oitava colocada do ranking mundial dos 50m livre e sétima nos 100m costas. Joanna Maranhão foi para o 14.º lugar nos 400m medley. Na maioria das demais provas, as brasileiras estão por volta da 30.ª colocação do ranking.

RECORDE – Em número de medalhas, a atuação do Brasil na natação do Pan de Toronto também é histórica. Afinal, os brasileiros ganharam 26 medalhas (10 de ouro, seis de prata, 10 de ouro), duas a mais do que no Rio (2007) e em Guadalajara (2011). Assim, bateu seu recorde de conquistas na natação, mesmo com EUA e, principalmente o Canadá, terem enviado equipes mais fortes do que o usual. Os canadenses, competindo em casa, passaram de quatro medalhas em Guadalajara para 27 em Toronto.

Além disso, há o fato de que a maioria dos brasileiros não estava no auge da forma física, o que é esperado para o Mundial de Kazan, daqui a duas semanas. Mas nenhum atleta da delegação norte-americana vai ao Mundial, de forma com que eles chegaram ao Pan na melhor forma possível.

Em número de medalhas de ouro, entretanto, o Brasil empatou com seu desempenho das últimas duas edições do Pan: 10 em cada. A novidade foi que uma delas veio na natação feminina, o que nunca havia acontecido.

OLIMPÍADA – Pensando nos Jogos do Rio, as provas mais importantes para o Brasil no Pan eram os revezamentos. Em Toronto, o País pôde medir o potencial de cada uma das suas seis equipes, que precisam ficar entre as 12 primeiras do Mundial para se classificarem à Olimpíada.

Usando o Mundial de 2013 como referência, o Brasil foi bem. Transportando os tempos feitos nas finais de Toronto para Barcelona, os brasileiros teriam ficado em sexto no 4x100m livre, em sétimo no 4x200m livre e quarto no 4x100m medley. Já as brasileiras ficariam em sexto, sétimo e nono lugar, respectivamente. Cumpririam a meta.

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