Em queda de braço com as federações estaduais, especialmente a fluminense, a Liga Sul-Minas-Rio entrou em conflito com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mas agora recebeu um aliado de peso: o governo. Nesta quinta-feira, o ministro do Esporte George Hilton (PRB-MG) recebeu o diretor-executivo da Liga, Alexandre Kalil, e garantiu apoio “irrestrito” à realização do torneio já no ano que vem.
“Desde o início da minha gestão, tenho defendido a criação de uma Liga. É claro que a Liga Sul-Minas-Rio é apenas um passo inicial. Tivemos a aprovação da MP (do Futebol) que foi excelente. Agora estamos partindo para a criação das ligas que em um futuro próximo podem englobar outros estados e clubes do Brasil. Já é um passo para os clubes se reorganizarem, disputarem campeonatos mais competitivos e com isso termos um novo momento para o futebol”, disse George Hilton.
Em texto publicado no site do Ministério do Esporte, o ex-presidente do Atlético-MG, que hoje lidera as tratativas para a criação da Liga, disse ter sido “espetacular” a conversa com Hilton e classificou a proposta como “inovadora”.
“Nós recebemos apoio irrestrito do ministro. Pois há legalidade em todo esse processo. Saímos daqui com a certeza que em todos os âmbitos: esportivo, legal e governamental. Então é totalmente é viável. O ministro gosta da inovação, modernização do futebol. A Liga está totalmente amparada pela lei”, assegurou.
Na sexta-feira, o presidente da Federação do Rio (Ferj), Rubens Lopes, enviou duro ofício ao presidente da CBF, Marco Polo del Nero, se colocando contra a Liga e exigindo a aprovação dela em assembleia, como, no entender dele, manda o Estatuto da CBF.
Depois disso, a CBF voltou atrás do aval dado à Liga e o condicionou à aprovação na assembleia. Sabendo que isso dificilmente irá acontecer, os clubes romperam com a CBF. Entre as alegações, o fato de que a Copa do Nordeste não foi votada por assembleia.