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Tênis de mesa garante cinco medalhas e final terá Calderano x Tsuboi

Vinte anos depois de Hugo Hoyama ser campeão em Mar del Plata, o Brasil vai voltar ao alto do pódio da competição de simples do tênis de mesa nos Jogos Pan-Americanos. Aliás, vai subir ao pódio não só com ouro, mas também com prata e bronze. Afinal, os três brasileiros que levaram o Brasil ao título por equipes também garantiram medalhas na disputa individual. Thiago Monteiro amarga o bronze, enquanto Gustavo Tsuboi e Hugo Calderano vão se enfrentar na final de logo mais. No feminino, Gui Lin está na decisão e Caroline Kumahara faturou o bronze.

A lista de feitos obtidos em poucas horas neste sábado, em Toronto, é imensa. Essa é a primeira vez que dois brasileiros vão disputar final no masculino. Logo, também a primeira vez que três atletas do País vão ao pódio. No feminino, o Brasil nunca ganhara medalha em simples. No Canadá, não só chegou à final, como vai faturar duas medalhas de uma só vez, uma vez que Gui Lin vai ficar pelo menos com a prata.

Esses feitos se somam aqueles obtidos por equipes. Os homens faturaram o tricampeonato, mostrando que o Brasil superou bem a aposentadoria de Hugo Hoyama, que esteve em todas as edições dos Jogos desde 1983 e agora é o técnico do time feminino. As mulheres, aliás, nunca haviam disputado uma final e ficaram com a prata.

O resultado mais expressivo, entretanto, é dos homens. O título por equipes veio após vitórias em 15 jogos (10 de simples, cinco de duplas). Na disputa individual, os brasileiros fizeram 18 partidas, com 17 vitórias. A única derrota foi no único confronto direto: Gustavo Tsuboi 4 x 3 Thiago Monteiro, parciais de 11/8, 4/11, 11/9, 6/11, 6/11, 11/8 e 11/9.

Na final, Tsuboi, que é o melhor brasileiro do ranking mundial, vai enfrentar Hugo Calderano. O garoto, de apenas 19 anos, maior revelação da história do tênis de mesa brasileiro, chegou à final após vencer Eugene Wang, do Canadá, por 4 a 3 (10/12, 11/4, 11/8, 11/9, 7/11, 7/11 e 11/7). O jogador da casa também vai ao pódio com bronze.

Na final, o ouro pan-americano, entretanto, será quase detalhe. Tsuboi e Calderano vão disputar uma vaga na Olimpíada. Afinal, cada país tem direito a até dois atletas na disputa de simples no Rio-2016. Vencer o Pan significa assegurar uma dessas credenciais antecipadamente. Além disso, quem vencer garante um lugar na equipe olímpica. São, afinal, quatro atletas (Tsuboi, Calderano, Thiago e Cazuo Matsumoto) brigando por três postos.

FEMININO – Na competição feminina, a chance de um pódio com três brasileiras foi embora com a derrota de Lígia Silva para a colombiana Lady Ruano, na sexta-feira. As atletas comandadas por Hugo Hoyama, entretanto, não são soberanas no continente, como é o caso dos homens atualmente. Assim, a vaga na final foi mais suada.

Gui Lin, que nasceu na China, mas cresceu no Brasil, chegou à decisão depois de enfrentar três atletas de mesma origem. Passou por Jiaqi Zheng (EUA), Anqi Luo (Canadá) e, na semifinal, fez 4 a 3 (8/11, 11/8, 12/10, 5/11, 13/11, 11/2 e 11/7) na norte-americana Lily Zhang.

O resultado serviu como revanche, uma vez que a americana ajudou seu país a vencer a final por equipes por 3 a 0 contra o Brasil, na terça-feira. Agora, na final de simples, a brasileira vai buscar mais uma vingança. Afinal, vai enfrentar Yue Wu, também americana, responsável pela eliminação de Caroline Kumahara, na semifinal, por 4 a 0.

O título pan-americano também vale vaga olímpica. No feminino, Hoyama deverá levar à Olimpíada o mesmo time que foi ao Pan, com Gui, Carol e Lígia. Só duas delas, entretanto, poderão competir em simples e a chinesa naturalizada brasileira tem a oportunidade de já garantir que uma vaga é dela.

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