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Vettel supera Mercedes, vence o GP da Hungria e iguala marca de Senna

Na segunda temporada de completo domínio da Mercedes na Fórmula 1, o GP da Hungria parece ser uma “pedra no sapato” para a equipe alemã. Afinal, após no ano passado não sair com a vitória no Hungaroring – a Mercedes venceu 16 das 19 provas do último campeonato -, a equipe viu seus pilotos se envolverem em vários incidentes neste domingo e ficou fora do pódio pela primeira vez desde 2013. Quem se aproveitou disso foi o alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, que venceu a décima etapa da temporada 2015.

Vettel, o terceiro colocado no grid, teve desempenho impecável, assumindo a liderança na largada e praticamente não sendo mais ameaçado pelos demais concorrentes. Assim, garantiu a sua segunda vitória em 2015 – também ganhou o GP da Malásia. Além disso, passa a somar 41 vitórias na carreira, a mesma marca do brasileiro Ayrton Senna.

Enquanto isso, após dominar todo os treinos do GP da Hungria, o inglês Lewis Hamilton enfrentou vários problemas, especialmente na largada e na retomada da prova após a entrada do safety-car, e terminou a prova na sexta colocação. E o estrago só não foi grande para a classificação do campeonato porque o alemão Nico Rosberg, seu companheiro de equipe, se envolveu em um acidente na parte final da prova e ficou apenas na oitava colocação.

Os pilotos brasileiros também tiveram um domingo ruim em Budapeste. Felipe Massa, da Williams, recebeu uma punição logo no início da prova por posicionar o seu carro de modo errado no grid de largada e ficou fora da zona de pontuação, assim como Felipe Nasr, da Sauber, que sofreu com a falta de competitividade da Sauber, terminando a prova em 11º lugar, logo à frente do compatriota.

Mesmo sem vencer, quem teve muito a comemorar foi a Red Bull, que colocou os seus dois pilotos no pódio, com o russo Daniil Kvyat em segundo lugar e o australiano Daniel Ricciardo na terceira posição. Já o espanhol Fernando Alonso, vivendo uma temporada muito difícil na McLaren, se aproveitou dos vários incidentes do GP da Hungria para garantir um surpreendente quinto lugar.

Apesar do resultado abaixo do esperado, Hamilton até ampliou a sua vantagem na liderança do Mundial de Pilotos para 21 pontos. O inglês chegou aos 202 pontos, enquanto Rosberg está com 181. Já Vettel é o terceiro colocado, com 160. Já no Mundial de Construtores, a Mercedes segue disparada em primeiro lugar, com 383 pontos, enquanto a Ferrari soma 236, na segunda posição.

A CORRIDA – Antes da largada, os pilotos realizaram um minuto de silêncio em homenagem ao francês Jules Bianchi, que morreu em 17 de julho, vítima das graves lesões sofridas cerebrais em acidente durante o GP do Japão do ano passado. Reunidos no grid, os pilotos se abraçaram e colocaram seus capacetes no asfalto do Hungaroring, em apenas uma das homenagens realizadas nos últimos dias a Bianchi pela Fórmula 1.

Após a largada ser postergada por Massa ter posicionado o seu carro no grid, o que acabou provocando uma punição ao brasileiro, o início da prova acabou ficando marcado pela ascensão dos pilotos da Ferrari e pela perda de posições dos competidores da Mercedes.

Vettel saltou para o primeiro lugar, enquanto Raikkonen assumiu a segunda posição. Por sua vez, Hamilton deixou a pista e caiu para a décima colocação após disputa com Rosberg, o terceiro colocado. A partir daí, os carros da Ferrari, especialmente Vettel, passaram a ditar ritmo forte, assegurando a liderança com vantagem confortável para Rosberg.

Hamilton, por sua vez, começou uma escalada de posições, atingindo a quarta colocação com pouco menos de 30 voltas, registrando, inclusive, alguns dos tempos mais rápidos da corrida, o que o levou a iniciar uma perseguição a Rosberg, quando a prova acabou sofrendo a intervenção do safety-car.

Após o mexicano Sergio Pérez sofrer um acidente assustador nos treinos livres de sexta-feira, em que capotou o seu carro depois de sofrer problemas na sua suspensão, quem deu um enorme susto foi o outro piloto da Force India, o alemão Nico Hulkenberg, que perdeu a asa dianteira e seguiu reto até bater na área de escape, deixando muitos detritos na pista.

Na retomada do GP da Hungria, Vettel sustentou a liderança, enquanto Rosberg assumiu o segundo lugar ao ultrapassar Raikkonen, que, algumas voltas depois, abandonou a prova em razão de problemas no seu motor. Já Hamilton se tocou com Ricciardo e precisou ir aos boxes para trocar a asa.

Com isso, as três primeiras posições da prova passaram a ser ocupadas, em ordem, por Vettel, Rosberg e Ricciardo. Embora não conseguisse ameaçar a vitória de Vettel, o resultado final do GP da Hungria ainda parecia ser bom para Rosberg, afinal, o alemão iria diminuir a vantagem de Hamilton na liderança do Mundial de Pilotos.

Mas não foi o que aconteceu. Em disputa de posição, Rosberg e Ricciardo se tocaram, com o alemão precisando ir aos boxes para trocar o pneu furado, enquanto o australiano “apenas” perdeu um posição para o russo Daniil Kvyat, o seu companheiro de equipe na Red Bull. Restou a Rosberg, assim como a Hamilton, ganhar algumas posições na zona de pontuação do GP da Hungria.

Assim, sem ser mais ameaçado, Vettel venceu o GP da Hungria, seguido por Kvyat, da Red Bull, que acabou vendo a segunda colocação, o melhor resultado da sua curta carreira na Fórmula 1, “cair no seu colo” após a batida de Rosberg com Ricciardo, que completou o pódio ao concluir a corrida na terceira colocação.

O holandês Max Verstappen, da Toro Rosso, foi o quarto colocado, seguido pelo espanhol Fernando Alonso, que assim obteve o melhor resultado da McLaren na difícil temporada de 2015, seguido por Hamilton. A zona de pontuação foi completada por Romain Grosjean, Rosberg, Jenson Button e Marcus Ericsson.

A Fórmula 1 agora realiza a sua tradicional pausa no verão europeu. A próxima prova, assim, só será disputada em 23 de agosto com a disputa do GP da Bélgica no circuito de Spa-Francorchamps.

Confira a classificação final do GP da Hungria:

1) Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) – 69 voltas em 1h46min09s985
2) Daniil Kvyat (RUS/Red Bull) – a15s748
3) Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull) – a25s084
4) Max Verstappen (HOL/Toro Rosso) – a 44s251
5) Fernando Alonso (ESP/McLaren) – a 49s079
6) Lewis Hamilton (GBR/Mercedes) – a 52s025
7) Romain Grosjean (FRA/Lotus) – a 58s578
8) Nico Rosberg (ALE/Mercedes) – a 58s876
9) Jenson Button (GBR/McLaren) – a 1min07s028
10) Marcus Ericsson (SUE/Sauber) – a 1min09s130
11) Felipe Nasr (BRA/Sauber) – a 1min13s458
12) Felipe Massa (BRA/Williams) – a1min14s278
13) Valtteri Bottas (FIN/Williams) – a 1min20s228
14) Pastor Maldonado (VEN/Lotus) – a 1min25s142
15) Roberto Merhi (ESP/Marussia) – a 2 voltas
16) Will Stevens (GBR/Marussia) – a 4 voltas

Não completaram
Carlos Sainz Jr. (ESP/Toro Rosso)
Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari)
Sergio Perez (MEX/Force India)
Nico Hulkenberg (ALE/Force India)

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