Questionada por avançar à final apresentando pouco futebol e com a ajuda decisiva da arbitragem, a seleção do México salvou a sua honra na noite de domingo ao derrotar a Jamaica por 3 a 1, com gols de Andres Guardado, Jesus Corona e Oribe Peralta, para conquistar pela sétima vez o título da Copa Ouro.
Guardado, que marcou dois gols de pênalti na controversa vitória sobre o Panamá por 2 a 1 nas semifinais, abriu o placar aos 30 minutos do primeiro tempo, quando completou de primeira um cruzamento de Paul Aguilar, com a bola entrando no ângulo da meta adversária. Os outros dois gols mexicanos saíram após falhas da defesa jamaicana.
Logo no primeiro minuto da etapa final, Corona roubou a bola de Michael Hector e finalizou rasteiro, de fora da área, para fazer 2 a 0. Depois, aos 15, o mesmo Hector errou ao tentar cortar um cruzamento, deixando a bola livre para Peralta finalizar.
Darren Mattocks driblou seu marcador e disparou de dentro da área para descontar aos 34 minutos para a Jamaica, sem impedir, porém, o triunfo do México no Lincoln Financial Field, estádio da equipe de futebol americano Philadelphia Eagles, que recebeu cerca de 69 mil torcedores, a maior parte deles da seleção campeã.
O treinador mexicano Miguel Herrera, que parecia pressionado após o jogo com Panamá, em que a sua seleção quase foi eliminada, mesmo tendo atuado com um a mais durante quase todo o duelo, agradeceu aos seus jogadores pela “dedicação e determinação”.
“Nós fizemos um jogo bem pensado”, afirmou, destacando que a sua equipe explorou os pontos fracos do adversário, aproveitando seus erros. “Nós apagamos da cabeça a partida ruim que fizemos” contra o Panamá e “jogamos com grande concentração”, manifestou.
A Jamaica parecia melhor nos primeiros minutos e aproveitava deficiências do lado esquerdo da defesa mexicana, onde Garath McCleary superava com facilidade Diego Reyes e Oswaldo Alanis. Mas, gradualmente, o México assumiu o controle das ações, com boas atuações de Guardado e Jonathan dos Santos no meio e de Corona no ataque.
“Tínhamos pela frente uma equipe forte, que começou com tudo. Mas a equipe foi se organizando. Adotamos o ritmo que queríamos, controlamos o jogo e tiramos proveito das possibilidades”, disse Herrera.
“Para mim isso não é uma medalha de prata. É de ouro”, afirmou o treinador da Jamaica, Winfried Schaefer. “O gol de Corona nos matou”, acrescentou o técnico após a primeira participação dos jamaicanos em uma decisão da Copa Ouro.