Com o título brasileiro praticamente garantido, apesar da vitória deste domingo do Atlético-MG, o Corinthians já pensa em 2016. A prioridade é manter todos os titulares para o próximo ano. Nesta terça-feira, a diretoria vai se reunir com os empresários de Ralf para tentar acertar a renovação do contrato do volante.
“Não depende só de mim. Não são meus representantes que estão dificultando as negociações nem o Corinthians. O que falta é eles chegarem a um acordo”, disse Ralf.
Há dois entraves na negociação: o Corinthians tem um dívida de R$ 3 milhões com os empresários de Ralf e o jogador pretende ampliar o seu vínculo com o clube até dezembro de 2017 enquanto que a diretoria oferece um novo contrato por apenas mais uma temporada.
“Tenho o desejo de permanecer. Queria no mínimo mais dois anos, mas nada impede que seja mais um ano desde que seja uma coisa boa para as duas partes”, disse o volante, que conta com o apoio de Tite para continuar no clube.
“Quem conseguir manter o que tem de bom sairá na frente dos adversários no próximo ano”, justifica o treinador.
Além de não perder nenhum atleta do elenco atual, a diretoria vai atrás de reforços pontuais pedidos por Tite. A avaliação é a de que, para brigar pelo título da Libertadores, será preciso aumentar o poder de fogo do ataque. A defesa também preocupa porque o zagueiro Felipe tem sido sondado por alguns clubes da Europa.
DINHEIRO NOVO – A ideia é trazer jogadores que cheguem para ser titulares, e não apenas para compor o elenco. Por isso, o presidente Roberto de Andrade admite até a possibilidade de aumentar as dívidas do clube. “Se não tiver dinheiro, a gente pede emprestado”, disse o dirigente.
O Corinthians conta com o dinheiro da venda de Alexandre Pato para buscar reforços de peso. Com a boa fase do atacante no São Paulo, a última pedida pelo jogador para clubes da Europa é de 20 milhões de euros (cerca de R$ 80 milhões). Desse montante, o atacante tem direito a 40% (o equivalente a aproximadamente R$ 32 milhões).
A janela de transferências de janeiro é a última oportunidade que o Corinthians tem para vender Pato. A partir de julho, o atacante já pode assinar um pré-contrato com outro clube e deixar o Parque São Jorge de graça no fim do ano.
Além de reforçar o caixa com o dinheiro da venda do atacante, a diretoria quer se livrar do alto salário do jogador. Pato recebe R$ 800 mil por mês. Desde o ano passado, Corinthians e São Paulo dividem o pagamento com R$ 400 mil cada um.
A partir de janeiro, com o fim do empréstimo ao São Paulo, o Corinthians terá de arcar com os custos sozinho.