Uma vitória incontestável, conquistada nos detalhes, transformou o Botafogo Jaçanã no campeão da 16ª Copa Cecap e o Estádio Cícero Miranda num verdadeiro palco da festa alvinegra.
Neste sábado (30), Botafogo Jaçanã e A.A.Bom Gole / L3, se enfrentaram na grande final da 16ª edição da Copa Cecap, no Estádio Cícero Miranda, bairro de Vila Galvão, em Guarulhos/SP, deixando para traz outras 50 equipes que iniciaram a competição, algumas que ficaram pelo meio do caminho são consideradas “gigantes” no futebol amador da grande São Paulo.
A grande final da Copa Cecap 2016, colocou frente a frente duas equipes de estilos distintos. Enquanto o Bom Gole /L3, representante do futebol guarulhense na final, se caracterizou pela juventude da sua equipe, mesclada com a experiência de alguns jogadores, como o meia Dú e o goleiro Júlio César. A equipe do Botafogo Jaçanã, da Zona Norte da Capital, disputou à Copa Cecap com uma equipe experiente, de jogadores bastante “rodados” no futebol amador da grande São Paulo.
Na tarde deste sábado, outra vez, a juventude sucumbiu a experiência. Em dois momentos cruciais da partida, aos 30 segundos da etapa final quando o jovem atacante Lagarto teve em seus pés a bola do jogo, num contra-ataque rápido do Bom Gole/L3 que esbarrou na arrojada defesa do experiente goleiro Alisson, o goleiro menos vazado da competição, e no primeiro gol do Botafogo Jaçanã, quando o experiente atacante Baixinho, não tremeu diante do goleiro Júlio César. Além de se colocar atrás dos zagueiros no cruzamento do lateral Dieguinho, o atacante Botafoguense teve a frieza do boleiro experiente para abrir o placar.
A vitória do Botafogo Jaçanã pelo placar de 3 a 0, com gols de Baixinho, aos 16 minutos, Nei, aos 17 e Duzinho, aos 47 minutos, todos na segunda etapa,fez justiça a melhor campanha da competição. Foram 8 jogos 7 vitórias, 1 empate, 20 gols marcados e 3 gols sofridos, melhor ataque, melhor defesa, só não levou o prêmio de artilheiro da competição que ficou com atacante Mota, do Fogo Na Bomba, autor de 7 gols na competição.
No apito final do árbitro Júlio César Zamorano, uma verdadeira invasão ao gramado do Estádio Cícero Miranda, de torcedores e simpatizantes do Botafogo Jaçanã. Antes e depois de receber o troféu de campeão da 16ª Copa Cecap, das mãos do secretário de Esportes da cidade de Guarulhos, Wagner Freitas, o que houve por parte de jogadores, dirigentes e torcedores foi uma homenagem ao saudoso Miltinho,um dos fundadores do Botafogo Jaçanã, falecido recentemente. Reunidos no centro do grama,liderados pelo capitão Klebão e pela filha de Miltinho, conhecida como Nega, dirigente botafoguense, eles rezaram, cantaram para o saudoso Miltinho, se emocionaram e emocionaram a todos presentes.
Segurando com dificuldade o enorme troféu da Copa Cecap, o zagueiro, capitão e um dos líderes do elenco botafoguense, Klebão, confidenciou a nossa reportagem que foi procurado por Nega, filha do saudoso Miltinho, para ajudar na montagem do elenco para disputar à Copa Cecap, e não pensou duas vezes para aceitar o convite em respeito ao saudoso Miltinho e o amor à camisa e a história do Botafogo Jaçanã.
-Começamos a montar esse time no final do ano passado quando a Nega me convidou para essa missão. Não pensei duas vezes, em respeito a memória do Miltinho e o amor que tenho por esse time, sua história. Jogo com amor a camisa do Botafogo, brigo se tiver que brigar por esse time, que é grande,mas estava um pouco esquecido. Quero agradecer a todos os jogadores, dirigentes e torcedores por essa conquista – Disse, Klebão, capitão que ergueu o troféu de campeão da Copa Cecap.
A festa botafoguense iniciou-se no gramado do Cícero Miranda, com uma tímida volta olímpica, atravessou a ponte da rodovia Fernão Dias, que limita os dois municípios e terminou em solo paulistano, mais precisamente, na Zona Norte da capital.
O JOGO
A primeira etapa foi bastante equilibrada. As duas equipes, apenas se estudaram e pouco arriscaram na primeira etapa. Somente um lance é digno de registro no primeiro tempo. Aos 29 minutos, a defesa do Bom Gole/L3 perdeu a bola pelo alto, o atacante Baixinho, camisa 7 botafoguense, ganhou do zagueiro Rafa, mas na hora do chute foi travado pelo zagueiro Yves, na única oportunidade de gol na primeira etapa.
Na segunda etapa a partida teve cara de decisão, com o dedo dos treinadores nas substituições. Ainda no intervalo, Neguinho Bom Gole, tirou o atacante Baiano e colocou em seu lugar o veloz atacante Lagarto. Com 30 segundos de jogo na segunda etapa, no primeiro toque na bola, Lagarto teve a chance mais claro do Bom Gole/L3 durante toda partida. Um gol no início da segunda etapa puderia ter mudado a história da decisão, mas Lagarto parou na defesa arrojada do goleiro Alisson.
O troco do Botafogo Jaçanã foi aos 5 minutos. Dieguinho cruzou na cabeça do atacante Guilherme, que cabeceou no canto esquerdo do goleiro Júlio César, a bola passou a pouco centímetros do gol do Bom Gole/L3. Este foi o único lance de perigo com a participação do meia-atacante Guilherme, na partida. Sacado pelo Givaldo, Guilherme saiu na bronca com o auxiliar técnico Tião Almeida. Sorte da comissão técnica que, o substituto deu conta do recado, para alguns analistas, a substituição mudou a história da partida. O meia Nei que entrou no lugar de Guilherme participou diretamente de dois dos três gols da equipe botafoguense.
Aos 16 minutos, Nei encontrou Dieguinho na lateral do gramado livre de marcação, o lateral botafoguense cruzou para Baixinho que se posicionou por traz da defesa, dominou com tranquilidade e na saída de Júlio César, só colocou no canto esquerdo do goleiro do Bom Gole/L3 para abrir o placar da grande final.
Muito abatidos, os jovens zagueiros do Bom Gole/L3,viram a bobeada do goleiro Júlio César, na sequência e um minuto depois do primeiro gol, Nei recebeu a bola dentro da área sem marcação, teve tempo para escolher o canto e chutar cruzado, longe do alcance de Júlio César, para marcar o segundo gol da partida.
Bastante nervoso, o meia Miranda, um dos principais nomes do Bom Gole/L3 na competição, começou a discutir com o seu marcador Danilo Soares, fora do lance de bola, e segundo a súmula da partida, relatada pelo árbitro Júlio César Zamorano, Miranda cuspiu no rosto de Danilo Soares que revidou com um chute. De costa para o lance, o árbitro da partida não viu o lance, mas o quarto árbitro Luís Carlos Santos, flagrou a agressão e através do rádio comunicador, informou o ocorrido ao árbitro que ,imediatamente ,expulsou os dois agressores, evitando um tumulto generalizado.
Aos 35 minutos, o meia botafoguense Hugo, o grande nome da decisão, acertou o travessão do goleiro Júlio César. Mas, nos acréscimos, aos 47 minutos, Duzinho deu números finais a decisão, marcando o terceiro gol, e permitindo a torcida organizada Bota Terror soltar o grito de é campeão pelas arquibancadas do estádio Cícero Miranda.
Após o terceiro gol, o zagueiro Klebão que já tinha cartão amarelo, tirou a camisa e recebeu o segundo amarelo e, consequentemente, o cartão vermelho. Antes do término do jogo, de cabeça quente, o jovem zagueiro Lucas, do Bom Gole/L3, de 15 anos de idade, fez falta violenta em Nei, e foi expulso pelo árbitro da partida.
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