Machucado, Luis Suárez viu do banco de reservas o Uruguai dar vexame nesta quinta-feira na Filadélfia (EUA). Com péssima atuação de Cavani, que perdeu um gol feito no final da partida, a seleção uruguaia foi batida de Venezuela por 1 a 0, sofreu sua segunda derrota na Copa América Centenário, e se aproximou do adeus da competição.
Como também perdeu do México na estreia, por 3 a 1, o Uruguai não tem pontos no Grupo C. A Venezuela, que havia ganhado da Jamaica por 1 a 0 no domingo, chegou aos seis e está muito perto da classificação. Se o México vencer ou empatar com a seleção jamaicana logo mais no estádio Rose Bowl, em Pasadena (Califórnia), classifica a si próprio e à Venezuela e elimina o Uruguai.
A Venezuela nunca havia vencido o Uruguai em Copas Américas e estará apenas pela terceira vez entre as oito equipes da competição, exatamente em uma edição que conta com rivais de todo o continente. Tradicional saco de pancadas na América do Sul, a Venezuela foi às quartas de final em 2007 e à semifinal em 2011. No ano passado, não avançou.
O JOGO – A primeira jogada da partida deixou claro que a Venezuela não estava com medo do Uruguai. Logo no primeiro lance, Peñaranda invadiu a área e tentou o chute. No minuto seguinte, fez nova tentativa, que parou em Muslera.
O Uruguai, ao seu estilo, não parecia querer mandar na partida. Acredita que, se a bola chegasse ao ataque, tinha quem resolvesse. Cavani estava lá para isso, mas decepcionou. No primeiro tempo, o atacante do PSG perdeu duas chances claras. Numa, furou como um amador. Na outra, não alcançou a bola após batida de falta de Ramírez. Ao passar pelo centroavante, a bola foi na trave.
A precisão que faltou a Cavani sobrou a Alejandro Guerra. O meia, que defende o Atlético Nacional e será rival do São Paulo na Libertadores, viu Muslera adiantado e chutou de muito longe. O goleiro se recuperou e fez defesa incrível. Só que a bola bateu no travessão e sobrou para Salomon Rondón abrir o placar aos 36 minutos.
A postura de certa forma complacente do Uruguai precisava mudar no segundo tempo e mudou. O time, favorito, passou a controlar a posse de bola, encontrando a Venezuela fechada na defesa a disposta a jogar por mais uma bola.
Aos 22 minutos, Cavani caiu na área pedindo pênalti que o juiz não deu. No contra-ataque, Peñaranda ficou cara a cara com Muslera, mas chutou em cima do goleiro. Foi a melhor chance de a rede ser balançada até os 40 minutos do segundo tempo, uma vez que o Uruguai, ainda que dominasse a posse de bola, sentia falta de alguém capaz de armar o jogo.
Sem condições físicas, Suárez via tudo do banco de reservas, apreensivo. Aparentemente, ele quis entrar no jogo e a comissão técnica não deixou. Estivesse no lugar de Cavani, dificilmente perderia o gol desperdiçado pelo titular aos 44 minutos, quando limpou a jogada e, cara a cara com o goleiro, chutou para fora.
FICHA TÉCNICA:
URUGUAI 0 X 1 VENEZUELA
URUGUAI – Muslera; Maxi Pereira, José Maria Giménez, Godin e Gaston Silva; Álvaro González (Corujo), Arévalo Rios, Gaston Ramírez (Diego Rolán) e Carlos Sánchez (Lodeiro); Cavani e Stuani. Técnico – Óscar Tabárez.
VENEZUELA – Dani Hernández; Rosales (Alexander González), Wilker Ángel, Vizcarrondo e Feltscher; Tomás Rincón, Figuera (Otero), Alejandro Guerra e Peñaranda; Rondón (Seijas) e Josef Martínez. Técnico – Rafael Dudamel.
GOL – Rondón, aos 36 minutos do primeiro tempo.
ÁRBITRO – Patricio Loustau (Argentina).
CARTÕES AMARELOS – Figuera, Seijas e Josef Martínez (Venezuela).
RENDA E PÚBLICO – Não disponível.
LOCAL – Estádio Lincoln Financial Field, na Filadélfia (EUA).