IGP-M avança para 4,34% em setembro, após alta de 2,74% em agosto, revela FGV

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ganhou tração em setembro, ao subir 4,34%, de 2,74% em agosto, segundo informou nesta terça-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). É a maior alta mensal do indicador desde novembro de 2002, quando o IGP-M avançou 5,19%. Nos 12 meses encerrados em setembro, o IGP-M acumula alta de 17,94%, a maior taxa desde setembro de 2003 (21,42%).

Nas aberturas, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) acelerou de 3,74% em agosto para 5,92% em setembro, na sua maior alta mensal desde novembro de 2002 (6,73%). No ano, o IPA-M acumula alta de 20,14% e, em 12 meses, soma taxa de 25,26%, a maior desde agosto de 2003 (27,10%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) também ganhou tração ao subir 0,64%, de 0,48% em agosto. O índice acumula alta de 2,03% em 2020 e de 3,04% nos 12 meses até setembro. O Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M), único componente do IGP-M que já havia sido divulgado pela FGV, acelerou de 0,82% para 1,15%. O indicador acumula alta de 4,57% em 2020 e de 5,01% em 12 meses.

<b>IPA-M</b>

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) acelerou na passagem de agosto para setembro e os preços no atacado foram os principais responsáveis pela aceleração do IGP-M em setembro. O IPA-M teve seu maior avanço mensal desde novembro de 2002 (6,73%). No ano, o indicador acumula alta de 20,14% e, em 12 meses, soma taxa de 25,26%, a maior desde agosto de 2003 (27,10%).

Nas aberturas por origem dos produtos, a mais intensa aceleração ocorreu no IPA agropecuário. O grupo subiu 9,41% em setembro, após alta de 4,80% em agosto. Os produtos agropecuários acumulam inflação de 28,82% em 2020 e de 42,52% nos 12 meses encerrados em setembro, segundo a FGV.

Os produtos industriais também ganharam tração e avançaram 4,62% em setembro, após alta de 3,34% em agosto. O grupo acumula alta de 17,06% no ano e de 19,60% em 12 meses.

<b>IPC-M</b>

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) também acelerou em relação a agosto e acumula alta de 2,03% em 2020 e de 3,04% nos 12 meses encerrados em setembro.

Apesar da aceleração, somente três das oito classes de despesas do índice registraram variação positiva maior do que no mês passado. São elas Alimentação (0,61% para 1,30%), Educação, Leitura e Recreação (-0,62% para 1,73%) e Transportes (0,87% para 1,07%).

Houve desaceleração em Habitação (0,58% para 0,50%), Vestuário (-0,32% para -0,48%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,59% para -0,52%), Despesas Diversas (0,44% para 0,28%) e Comunicação (0,35% para 0,03%).

<b>Influências individuais</b>

Os itens que mais contribuíram para a alta do IPC-M de setembro foram gasolina (2,66% para 3,36%), passagem aérea (-3,57% para 23,74%), leite longa vida (4,19% para 6,05%), arroz (2,20% para 11,08%) e tomate (1,59% para 16,46%).

No sentido oposto, as maiores influências negativas sobre o indicador vieram de plano e seguro de saúde (0,60% para -2,40%), cebola (-11,53% para -23,36%), batata-inglesa (-19,84% para -9,90%), mamão papaya (16,79% para -12,47%) e alho (-9,03% para -10,38%).

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