Esportes

Flavia e Rebeca fazem duas dobradinhas de ouro e prata em Anadia

Flavia Saraiva é cada vez mais candidata a uma medalha na trave nos Jogos Olímpicos do Rio. Neste domingo, a menor das ginastas brasileiras ganhou o ouro na etapa de Anadia da Copa do Mundo de Ginástica Artística com uma excelente participação e nota 15,125. Recebeu um ponto a mais do que Rebeca Andrade, prata com 14,125.

Elas depois repetiriam o resultado na final do solo. Flavinha recebeu 14,350, enquanto Rebeca somou 14,100 para mais uma dobradinha. Ambas melhoraram na comparação com a fase de classificação, quando fizeram 14,150 e 13,800, respectivamente. Rebeca não competia nesses dois aparelhos desde a grave lesão no joelho sofrida há um ano.

A trave sempre foi o aparelho mais forte de Flavinha, o que a fez ser medalhista de prata nos Jogos Olímpicos da Juventude, em 2014. Nesta temporada, ela já havia feito 15,150 na etapa de Baku da Copa do Mundo e agora praticamente repetiu o desempenho.

A brasileira tem tudo para ser finalista olímpica, uma vez que, nos últimos três Mundiais, a nota de corte para passar à final foi entre 14,1 e 14,3. Essa também foi a nota necessária para ganhar o bronze nos três Mundiais do ciclo olímpico. Mesmo em Londres-2012 uma nota 15,125 como a conquistada neste domingo, valeria o bronze.

No solo, apesar da dobradinha em Anadia, as brasileiras têm menos chance de brigar por final na Olimpíada. No Mundial do ano passado, a nota de corte foi 14,400 – Flavinha fez 14,350 neste domingo. Rebeca tem as barras assimétricas como seu aparelho mais forte, mas não competiu nele em Anadia.

PRATA – No masculino, Sergio Sasaki ganhou a prata no salto, com média 15,212 – recebeu 15,200 no primeiro salto e 15,225 no segundo. Só foi superado pelo chinês Yu Cen. Candidato a uma final neste aparelho, ainda precisaria evoluir até a Olimpíada.

A competição do brasileiro em Anadia, de forma geral, foi muito irregular. Ele ficou em último na final das barras paralelas (13,700, contra 15,600 das eliminatórias), falhando também na barra fixa (13,100) e na final do cavalo com alças (12,000 depois de fazer 15,150 nas eliminatórias).

Tomando como referência o desempenho que o deixou em sétimo no Mundial de 2014, melhor resultado da carreira de Sasaki, o brasileiro evoluiu 1,2 pontos em se considerando sua melhor apresentação no cavalo, nas paralelas e no salto. Uma evolução que poderia colocá-lo na briga por uma medalha no Rio. Só que as três falhas durante a competição também são muita coisa para um atleta do individual geral.

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