Flagrada em exame antidoping pelo uso de Fenoterol, substância presente em um medicamento para tratamento de asma, Etiene Medeiros está liberada para disputar os Jogos Olímpicos do Rio. Nesta quinta-feira, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) revelou que a nadadora do SESI-SP já foi julgada e inocentada.
De acordo com a CBDA, o julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) aconteceu na noite de quarta-feira. Por unanimidade de votos, ainda segundo a CBDA, o colegiado “decidiu que nenhuma culpa ou negligência poderia ser imputada à atleta, declarando assim a sua inocência”.
Já a assessoria de imprensa da atleta informou que “Etiene recebeu com serenidade e alegria a notícia de sua absolvição”. “Serenidade porque sempre teve certeza de que provaria a correção de seus procedimentos. E alegria pela possibilidade de realizar seu sonho de representar o Brasil nos Jogos do Rio”, diz a nota dos representantes da nadadora.
Etiene testou positivo para Fenoterol no exame realizado no dia 8 de maio, fora do período de competições. Em 2 de junho, ela foi informada do resultado adverso e solicitou a abertura da amostra B de sua urina, que confirmou a presença da substância proibida. A CBDA sempre confiou na inocência da atleta, que se retirou voluntariamente das competições enquanto não era julgada. A nadadora pernambucana sofre de asma e a substância Fenoterol é comumente prescrita para tratar desta doença.
Ela fez índice para quatro provas individuais e se classificou para mais dois revezamentos na Olimpíada. Só estará, entretanto, em quatro provas no total: 50m livre, 100m livre e 50m costas, além do revezamento 4x100m livre. Ela abriu mão dos 100m borboleta (assim como havia feito no Mundial de Kazan) e do revezamento 4x100m medley, ainda que Vanzella admitisse escalá-la caso de uma improvável ida à final.
A pernambucana foi a primeira nadadora brasileira a ganhar medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos, em Toronto, ao vencer os 100m costas. Também foi a primeira campeã mundial (nos 50m costas, no Mundial Indoor de Doha, em 2014) e a primeira a subir ao pódio em Mundiais de piscina longa, com a prata nos 50m costas em Kazan, ano passado. Os 50m costas, vale lembrar, não é prova olímpica.