O técnico Edgardo Bauza era um dos membros mais calmos da comissão técnica do São Paulo nesta quarta-feira, em Medellín, após a eliminação do time na Copa Libertadores para o Atlético Nacional. O argentino falou pausadamente e evitou palavras pesadas para criticar a arbitragem nos dois jogos contra a equipe colombiana, além de destacar se sentir orgulhoso do elenco.
A derrota por 2 a 1 nesta quarta, somada ao revés da semana passada de 2 a 0 no Morumbi tiraram o time paulista da chance de chegar à decisão. Para o argentino, o erro mais grave dos árbitros nos dois confrontos da semifinal não foram cometidos em Medellín. “Eu acredito que a expulsão de Maicon foi vital para a definição dessa partida. Nacional soube aproveitar isso, nós tentamos ganhar a partida, não defendemos bem, e o Nacional venceu o primeiro jogo por 2 a 0. Foi o princípio das dificuldades”, afirmou.
Bauza relembrou que em fases anteriores da competição a equipe colombiana, dona da melhor campanha da competição, confirmou as classificações em casa também em partidas polêmicas. “A arbitragem também teve problemas aqui nos jogos com Huracán e Rosário Central. Não sei se é coincidência”, comentou. Nas oitavas e nas quartas de final, os adversários dos colombianos também tiveram jogadores expulsos.
O técnico considerou que o primeiro tempo foi equilibrado e admitiu que o risco em ter de atacar na etapa final contribuiu para que o Nacional conseguisse a virada. “Não quero desmerecer os atributos do Nacional, até cumprimentei o técnico deles, mas o São Paulo tinha méritos e condições de chegar à final. Quando acontecem outras coisas, não se pode fazer nada”, lamentou.
Semifinalista pela décima vez na Libertadores, o São Paulo se despede de forma honrada, segundo o técnico. “Eu disse aos jogadores no vestiário que estou orgulhoso. Lembro que depois que perdemos para o The Strongest (estreia na fase de grupos, no Pacaembu), muitos falaram que estávamos fora. Fizemos um trabalho bonito. Saímos com a cabeça erguida”, comentou.