A Federação Internacional de Canoagem anunciou que cinco atletas russos não poderão competir nos Jogos do Rio, depois de avaliar o histórico dos esportistas diante do escândalo de doping. A decisão foi tomada depois que um informe da Agência Mundial Antidoping indicou que Moscou promovia um “doping de estado”. O Comitê Olímpico Internacional (COI), porém, optou por não excluir a delegação russa e pediu para que cada federação esportiva avaliasse a condição dos atletas russos em suas respectivas modalidades.
Na última segunda-feira, sete nadadores e três remadores russo já haviam sido banidos. Na semana passada, 68 russos que competiriam no atletismo foram barrados. Agora, os participantes da canoagem Elena Aniushina, Natalia Podolskaia, Alexander Dyachenko, Andrey Kraitor e Alexey Korovashkov também ficam de fora da Olimpíada.
Ao contrário do que fez a Associação Internacional das Federações de Atletismo, os representantes da canoagem optaram por não banir toda a equipe russa. “Esse é um golpe amargo para o movimento olímpico e estamos tristes por ver que nosso esporte está implicado”, disse o secretário-geral da Federação de Canoagem, Simon Toulson.
Enquanto federações começam a avaliar os atletas russos, a maratona legal também tem início. A nadadora Yulia Efimova recorre da decisão que a suspendeu e levará o caso para a Corte Arbitral do Esporte. Ela foi bronze em Londres e quatro vezes campeã do mundo. No Rio, era uma das promessas de medalha. Mas, em maio de 2014, foi pega em exame antidoping. Pelas regras estabelecidas pelo COI, nenhum russo com um passado de doping poderia voltar a competir. Para os atletas, a lei é injusta, já que as penas já foram cumpridas.
No total, a Rússia planejava levar ao Brasil 387 atletas. Ao menos 83 já estão fora dos Jogos do Rio.